Até o dia 26 de agosto, uma equipe da diretoria de Planejamento Estratégico Participativo da Secretaria de Estado do Planejamento – Seplan cumpre agenda em municípios do Sul do Piauí impactados pelos processos de desertificação. Os técnicos e as famílias dessas regiões participam de um programa de capacitação sobre gestão de água (Projeto BRA/22/007), conduzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.
A participação da secretaria estadual nesse processo é promover um alinhamento estratégico entre o desenvolvimento territorial e as demandas dos municípios com desertificação crescente. “Viemos acompanhar e fazer parte do projeto de desenvolvimento sustentável no Sul do Piauí, com objetivo de alinhar o projeto às questões socioambientais junto ao plano Piauí 2030”, disse Débora Ferraz, diretora de planejamento estratégico participativo da Seplan.
A equipe participou de oficinas nas cidades de Gilbués, Corrente, Barreiras do Piauí e São Gonçalo do Gurguéia – todas com focos de desertificação e vulnerabilidade de capacidade hídrica. “Durante a intervenção, são levantadas as demandas colocadas pelos moradores em relação à gestão da água na região”, acrescentou Débora Ferraz, que fez a seguinte avaliação: “Muitos relatos destacaram a ausência de qualidade da água, com o aumento do número de doenças por contaminação na população. Tal fato nos evidenciou a urgência em pensar uma política pública voltada para melhoria do saneamento básico na região”.
Ao apresentarem os principais problemas, técnicos e famílias também apontam possíveis soluções. É o que observa ainda a diretora Débora: “Para enfrentar o desafio, podemos pensar na construção coletiva da regulação, uso e controle água e, ao mesmo tempo, garantir sua distribuição de forma igualitária, partindo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, explicou.
A gerente de Planejamento Estratégico Territorial, Thiscianne Pessoa, explicou aos participantes sobre a importância da atuação efetiva deles na construção de políticas públicas, por meio dos Conselhos de Desenvolvimento Territorial. “Explicamos sobre a nova modelagem do conselho e sobre como eles podem fazer parte e utilizá-lo como uma ferramenta estratégica para garantia da participação social no planejamento”, finalizou.