A Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc) em parceria com a Agência de Tecnologia da Informação (ATI) está desenvolvendo o aplicativo “Eu Creio”, que vai fazer o mapeamento dos povos e comunidades de matriz africana e de terreiros no Piauí. A intenção do Governo, além de catalogar e definir os perfis das comunidades, é poder, posteriormente, trabalhar políticas públicas mas efetivas na área cultural, da saúde e de assistência para populações de terreiro.
De acordo com a analista de sistemas da ATI, Cinthia Campos, o sistema permitirá duas formas para catalogar as comunidades que é através do aplicativo ou pelo site de cadastro. “Nós modelamos para que seja utilizado nas duas plataformas, caso o usuário queira cadastrar por um computador também será possível”, informou.
Os líderes religiosos deverão cadastrar seus terreiros por meio de um questionário de identificação, disponibilizado no sistema e que será validado posteriormente pela equipe da superintendência de direitos humanos da Sasc.
A analista acrescenta que o diferencial do aplicativo com relação ao site é que o aplicativo possui uma funcionalidade de capturar a geolocalização offline. “Caso no momento do cadastro não haja sinal de internet, a localização poderá ser capturada através do GPS do celular e ficará salva para que seja incluída quando o usuário tiver acesso a internet e ele poderá voltar para o formulário de preenchimento sem nenhum problema”, explicou Cinthia Campos.
Para a superintendente de Diretos Humanos da Sasc, Janaína Mapurunga, o levantamento de dados facilitará o trabalho da equipe da superintendência, garantindo um baixo custo e rapidez no levantamento de dados. “O Governo do Estado está preocupado com essa questão de intolerância religiosa e nós da área de direitos humanos estamos efetivando isso e através do aplicativo vamos poder mapear todos os terreiros e poder trabalhar em políticas públicas”, ressaltou.
O aplicativo
O Eu Creio estará disponível para sistemas operacionais Android e poderá ser acessado também por visitantes que queiram conhecer especificidades dos terreiros, como outras manifestações culturais que são praticadas dentro dessas casas, além das atividades religiosas.