A Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh) lançou, na última quarta-feira (19), o Programa Bariátrico do Hospital Getúlio Vargas (HGV). A meta é realizar até 80 cirurgias em 2020. Na solenidade, também foi apresentada a equipe multidisciplinar do Programa e quais os requisitos para ser inserido na lista de espera pelo procedimento.
O HGV foi habilitado, no início de janeiro, pelo Ministério da Saúde, como unidade de Assistência de Alta Complexidade ao indivíduo com obesidade, passando a receber recursos pelas cirurgias bariátricas realizadas. O hospital já atendia a Linha de Cuidado do Sobrepeso e da Obesidade, com recursos estaduais, mas agora com o credenciamento, vai receber subsídio do Sistema Único de Saúde (SUS) pelos procedimentos.
O diretor-geral do HGV, Gilberto Albuquerque, explica que a expectativa é de que sejam realizados até 80 procedimentos em 2020, um número superior ao esperado e realizado em anos anteriores, quando a média era de 28 cirurgias bariátricas por ano. Atualmente, mais de 200 pacientes estão aguardando para realizar o procedimento.
“Não é apenas chegar e fazer a cirurgia. Tem paciente com dois anos tentando fazer regime, dieta, conscientização, treinamento para o pós-operatório. Hoje temos cerca de 28 pacientes aptos a realizar o procedimento e mais 200 em processo de habilitação”, revela Albuquerque.
Gilberto destaca que a cirurgia bariátrica acontece de forma eletiva, de acordo com as novas regras do Governo Federal para mutirões. “Para que o paciente possa realizar o procedimento, é necessário encaminhamento de um especialista”, conta.
“Se alguém se sentir obeso, deve procurar uma unidade de saúde. O médico vai examinar e conferir seu Índice de Massa Corporal (IMC). Será emitida uma ficha de encaminhamento para marcar uma consulta, no qual uma equipe multidisciplinar fará uma triagem. O paciente realizará os exames e a consulta com o cirurgião. Uma vez que se enquadra em todos os requisitos, vai para a fila de espera para a cirurgia”, relata o diretor do HGV.
Segundo ele, dependendo da condição do paciente, é orientado a passar por uma reeducação alimentar antes do procedimento, sendo que alguns necessitam ainda de um trabalho psicológico ou de fisioterapia.
Para o presidente da Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh), Pablo Santos, é um avanço para qualidade de vida da população. “Pessoas que até então não tinham acesso ao serviços, agora poderão realizar a cirurgia pelo SUS. Estamos empenhados em tornar procedimentos como este cada vez mais acessíveis a população mais carente”, ressalta Santos.
Participaram do evento, o coordenador do Programa Bariátrico do HGV, Marlon Moreno, os profissionais da equipe multidisciplinar, a psicóloga Zilma Bento e demais integrantes do Programa, o promotor de justiça, Eny Pontes, os diretores técnico, Fábio Marcos, e administrativo, Fernando Danda.