O governador Wellington Dias se reuniu, em audiência virtual, nessa terça-feira (7), com o secretariado para tratar sobre os desafios que a gestão está tendo em meio à pandemia do coronavírus e fez um apelo para que os gestores não relaxem e estejam com todos com os projetos preparados das suas pastas para que possam ser colocados em execução, assim que tiver as condições de investimentos. O chefe do Executivo piauiense destacou que primeiro é preciso cuidar das pessoas, mas que já deve estar preparado o plano para voltar a alavancar a economia.
O governador voltou a enfatizar o isolamento como uma forte arma contra o coronavírus e que o retorno das atividades deve ocorrer de forma gradativa, de acordo com os próximos panoramas da epidemia que vão se apresentando.
“Até aqui estamos dentro do que é positivo em relação à quantidade de pessoas cumprindo o isolamento social, já ficamos até na 4ª posição do Brasil, mas isso muda a cada dia, ainda não tivemos o risco de colapso. Mas, basta relaxarmos essas medidas para termos uma propagação. É melhor errar pelo exagero do que pela falta de coragem de tomar essas medidas”, comentou Wellington.
De acordo com o governador, o Piauí precisaria de 500 mil exames para ter uma noção da doença no estado. “O Piauí já está testando também os profissionais de saúde. Há pessoas assintomáticas que precisam ser testadas, mas muitas delas pegam o vírus e são curadas sem demonstrar sintomas. O maior problema que temos é conseguir respiradores”, comentou Dias.
“A gente sempre faz reuniões de avaliação da situação e nossa meta é chegar até maio com, no máximo, 300 leitos ocupados e 150 livres, isso seguindo as orientações da OMS, a partir daí faremos um novo planejamento”, explicou Wellington.
O chefe do Executivo piauiense disse que espera uma entendimento do Congresso Nacional e do governo federal sobre temas importantes que vão ajudar tanto no combate ao vírus, quanto na garantia de receitas para não atrasar os salários, manter a máquina e ajudar na estabilização da economia. “Aguardamos sobre um fundo com seguro que permitisse uma receita baseada na do ano anterior, além da possibilidade de empréstimos com portabilidade”, disse Dias.
Wellington lembrou que muito se fala que estão sendo liberados bilhões para os estados, mas que esse dinheiro ainda não chegou. “Estamos fazendo tudo aquilo que é possível. Adotamos medidas duras e temos investido em ações e na compra de exames e organização de UTIs”, destaca o gestor.
Na oportunidade, o governador destacou que o estado é de calamidade no qual é necessário injetar dinheiro na economia e defendeu um tratamento igualitário entre os estados, pois é um problema que afeta todo o Brasil, sem distinção.