Nesse momento de confinamento social provocado pela pandemia da Covid-19, o professor e coordenador pedagógico da Unidade Escolar Professora Maria do Carmo Reverdosa, de Teresina, Francisco de Sousa Oliveira, está desenvolvendo uma série de atividades para dar continuidade aos estudos dos alunos, mesmo em casa. Uma dessas atividades é a produção de videoaulas de Matemática com ajuda de seu próprio filho.

A partir do dia 13 de abril, a carga horária correspondente aos dias letivos da rede pública estadual, alvo de suspensão de atividades presenciais, será realizada por meio de atividades não presenciais, utilizando estratégias de ensino e acompanhamento da aprendizagem de forma remota, organizando aulas não presenciais, por meio de orientações dos professores e dos gestores escolares. Se adiantando a essa sistemática proposta pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o professor Francisco Oliveira já disponibiliza aulas no YouTube com ajuda do filho Samuel Renan, que tem 13 anos, criou grupos de WhatsApp com cada turma, está preparando material impresso para os que não têm acesso à internet, além de um simulado com questões para aferir o aprendizado dos estudantes.

“Estou acompanhando oito turmas, incluindo Ensino Médio Regular e Educação de Jovens e Adultos (EJA) e estamos com uma participação assídua dos alunos. Não podemos ficar parados nesse momento. Achar que o ensino a distância causa exclusão é um falácia, pois nunca atingimos cem por cento da turma, mesmo que presencialmente, pela falta de comprometimento e motivação de alguns estudantes, dentre outros fatores. Não podemos usar essa desculpa. Não podemos deixar nossos estudantes parados. Devemos reclamar nossos direitos, mas temos um compromisso com nosso trabalho, principalmente agora”, relata o professor.

O professor explica que cada turma tem um líder que estimula os demais e serve de apoio pedagógico às atividades. “O aluno da escola pública é muito interessado e comprometido, essa determinação tem feito a diferença nos resultados obtidos nos últimos anos no Enem e vestibulares”, completa.

Uma das opções para essas atividades remotas que vem sendo utilizada na Professora Maria do Carmo Reverdosa é o Canal Educação – Programa de Mediação Tecnológica, que disponibiliza aulas transmitidas pela televisão e Internet, no formato de videoconferência, ministradas por professores dos componentes curriculares.

A jovem Sara Kayanne (15 anos), aluna do 2º ano do Ensino Médio da escola, revela que tem acompanhado as aulas pelo Canal Educação e estudado pelo material preparado pelo professor Francisco. “Toda essa iniciativa é muito boa, pois tenho tirado muitas dúvidas no que tem me ajudado bastante nos estudos, para não pararmos de estudar”, finaliza.