Idealizado para apresentar as produções artísticas dos estudantes do Ceti Raldir Bastos Cavalcante, o projeto Arte na Praça se adequou diante da nova realidade que vive o país e o mundo. Os estudantes passaram a produzir e realizar doações de máscaras personalizadas com material em tecido 100% algodão (como tricoline), recomendado pelo Ministério da Saúde.
O projeto busca agora contribuir para atender a crescente demanda por equipamentos de proteção individual em decorrência da pandemia da Covid-19. As primeiras encomendas produzidas, 1.500 máscaras, serão destinadas para distribuição em três instituições de Teresina que acolhem crianças e idosos diagnosticados com câncer e uma associação de funcionários públicos no Rio de Janeiro.
A professora Roze Magalhães explica que o projeto Arte na Praça busca envolver os alunos em atividades de solidariedade com a comunidade em torno da escola e por isso adaptaram o projeto.
“A iniciativa envolve, além dos alunos do Ceti Raldir Bastos, pessoas físicas que de alguma forma querem prestar solidariedade com pessoas carentes, num momento tão delicado que estamos passando. Envolve também instituições associativas, clubes e outros agrupamentos de pessoas que também se encontram em casa e viram nesse projeto uma forma de ajudar a quem precisa”, disse Roze Magalhães.
Recém completado o ensino médio no Ceti, Mariana Lia Nogueira da Silva decidiu se juntar à professora e alunos para a fabricação das máscaras. Ela explica que os equipamentos são confeccionadas e personalizadas com pintura a mão e diante do crescente número de pedidos decidiram criar uma campanha para doação.
“A nossa meta tem sido arrecadar dinheiro suficiente pra produzir máscaras para doação. Temos produzido máscaras primeiramente para venda com fim de arrecadar fundos para a produção de mais peças. Vendemos por cinco reais a unidade, sendo as máscaras produzidas pela professora Roze que trata da parte da costura e eu customização, já que moramos próximas e conseguimos assim manter uma linha de produção”, disse Mariana.
Os recursos obtidos serão utilizados para pagar os custos dos materiais utilizados, como tecidos, elásticos e linhas, e uma outra parte para compra de materiais para confecção de máscaras.
Professores e moradores da comunidade também estão participando de forma alternativa para ajudar no projeto. “Na primeira etapa um grupo de alunos e outro grupo de professores estão ajudando apenas com a divulgação”, complementa Roze Magalhães.
“As crianças criaram um página nas redes sociais e fazem a divulgação. Eles pesquisam e montam as logos das empresas que fazem as encomendas, montam as artes e me repassam para que eu pinte e costure tudo em casa. Depois de prontas, as crianças organizam um único voluntário do projeto para que faça as entregas (voluntário da comunidade)”, pontua a docente.