As artesãs de Ipiranga (Assarpi) receberam da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), por meio do Projeto Viva o Semiárido (PVSA), um conjunto de máquinas de costura novas que será utilizado no trabalho desenvolvido pela associação no município, que envolve a produção e comercialização de artesanato. Nesse período de pandemia as artesãs trabalham na produção de equipamento de proteção individual.

O Projeto Viva o Semiárido é executado pela SAF por meio de uma parceria entre o Governo do Estado do Piauí e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (Fida).

O superintendente de Desenvolvimento Rural e coordenador do projeto no Piauí, Francisco das Chagas Ribeiro, destaca que a Assaripi é uma das 211 associações beneficiadas pelo PVSA, composta em sua maioria por mulheres, que já trabalham com a atividade envolvendo artesanato e que além de receber maquinário do projeto, também está recebendo benefício na reforma e ampliação da sede, por meio da liberação das primeiras parcelas do Viva o Semiárido, cujo valor total é de quase R$ 285 mil.

“Acabamos de entregar as máquinas na semana passada, que foram adquiridas em Teresina e aguardamos a chegada de outras, que foram adquiridas em São Paulo. Os equipamentos novos serão um reforço no trabalho diário das costureiras e bordadeiras da associação e agora neste período de pandemia, na confecção de equipamento de proteção individual (EPI). As artesãs já fabricaram jalecos e máscaras que foram doados e comercializados, estas máquinas vão ajudar bastante a agilizar o processo de confecção e distribuição das máscaras”, pontuou Francisco das Chagas.

Ribeiro também ressalta que a repercussão das ações da Assaripi foi destaque internacional no site do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, mais um incentivo, tanto para as beneficiárias como para algumas pessoas que se sensibilizam e fazem doações de materiais como linhas ou tecidos, para a confecção de EPIs. “E com equipamentos novos, como as máquinas que acabaram de receber, elas vão aumentar a capacidade de produção, que atualmente chega, no máximo, a 500 máscaras por dia. As costureiras fabricam os equipamentos mantendo sempre os cuidados de prevenção, de higiene e segurança, como uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento adequado. Temos que cuidar também de quem está na linha de frente da confecção e distribuição destes equipamentos”, conclui o gestor.

A presidente da Assaripi, Lídia Ribeiro de Andrade, disse que aguardam agora a chegada das máquinas que foram adquiridas em São Paulo, para completar um total de 10. “São máquinas essenciais para o nosso trabalho e para aumentar a nossa produção. São máquinas industriais de overloque, interloque, estampadeira, galonera, utilizadas para costura e acabamento. Estávamos aguardando a chegada dessas máquinas e neste momento são de extrema necessidade, beneficia a associação e nesta hora difícil de pandemia este trabalho que estamos fazendo, principalmente de confecção de máscaras”, frisou a artesã.

Antônio Feitoza , técnico da Cootapi, responsável pela assistência técnica da Assaripi, ressalta que acompanhou todo o processo da entrega das máquinas não só pelo trabalho que desempenha, mas com satisfação pela atitude das beneficiárias e envolvimento de todos. “Esta entrega é uma parte da estrutura de apoio que a Assaripi vai receber do Governo do Estado, por meio do PVSA e do Fida, pois a reforma e ampliação do prédio está em fase de conclusão. As máquinas serão muito úteis nesta parceria que está possibilitando a doação e comercialização de máscaras para postos de saúde, hospitais e caminhoneiros, sem contar que o serviço das costureiras será mais dinâmico e vai continuar contribuindo principalmente para proteger estes profissionais”, destacou Feitoza.