A publicação contida no Diário Oficial do Estado é apenas uma prorrogação de vigência do edital de 2017 – quando não havia pandemia de coronavírus, portanto – e foi necessária para que houvesse a conclusão do filme “Cena Gay”.
O edital trata da produção de um total de 14 filmes, cujo investimento com recursos da Secult – no valor de R$ 2 milhões – é a contrapartida que se soma aos R$ 4 milhões destinados ao projeto pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), através de uma seleção pública.
Dessa forma, além de aquecer o mercado audiovisual local, as produções impactam não apenas no cenário cultural do Piauí, como também favorecem a circulação de recursos e a geração de emprego e renda no setor.
Os filmes foram selecionados através de edital e avaliados por uma banca de especialistas qualificados e respeitados, o que dá respaldo e pertinência às temáticas apresentadas. Dentre os 14 filmes, dois já foram lançados: um deles o Documentário “Torquato Neto – Todas as horas do fim”, que rendeu 10 premiações, e o Documentário “Niède Guidon – Memórias da vida”, que foi selecionado para o Festival É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, em São Paulo.
É prioritário lembrar que o público gay, como qualquer outro, merece seu lugar de fala assegurado em todos os setores da sociedade. Isto inclui o cultural, onde deve ser incentivada e amplamente debatida a construção da cidadania plena da população LGBTQI, bem como o respeito aos seus direitos civis e sociais. O filme, inclusive, aborda a violência sofrida pelo público gay em Teresina, como forma de denunciar estas práticas deploráveis que ainda campeiam nas estatísticas policiais da capital.