O Governo do Estado irá viabilizar pesquisas sobre medicamentos e protocolos de combate às Covid-19. O governador Wellington Dias se reuniu, nesta segunda-feira (18), por videoconferência, com o grupo de trabalho científico que atua em estudos acerca dos melhores procedimento no tratamento da doença.
A criação do grupo de trabalho tem o objetivo de estudar, avaliar e definir o uso de cloroquina, hidroxicloroquina e corticoides, entre outros medicamentos, que auxiliem no tratamento da Covid-19, bem como seus efeitos colaterais.
O governador se prontificou a garantir os recursos necessários e julgados como pertinentes pelos médicos. “O Estado tem interesse em aportar recursos para viabilizar os estudos e termos um tratamento eficiente. Por isso, organizamos um grupo de trabalho para que possamos encontrar um procedimento, além de acompanhar e ter uma avaliação científica para nortear nossos protocolos. Tenho entusiasmo em apoiar no que for necessário para evitar pacientes vão para UTI e salvar a vida de cada vez mais pessoas”, ressaltou o chefe do executivo estadual.
O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, colocou à disposição da equipe o hospital de campanha construído no Ginásio Verdão para a realização das pesquisas. “Sugerimos que a Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (Fadex), seja o centro dos estudos e que o hospital de campanha seja considerado nesse trabalho”, afirmou o gestor.
O reitor da UFPI, José Arimateia Dantas, ressaltou a importância das discussões para melhor entendimento sobre as alternativas. “As pesquisas subsidiam nossos médicos que estão na linha de frente atendendo os pacientes com a Covid-19. Por isso é necessário nos reunirmos para que possamos contribuir ainda com o Estado do Piauí no combate a essa pandemia”, disse.
Para o médico Carlos Henrique Nery, chefe do Departamento de Medicina Comunitária da UFPI, os estudos sobre os protocolos com os medicamentos devem continuar. “Ainda não há um consenso sobre os medicamentos que estão sendo utilizados, não existe nada ainda consistente no mundo, infelizmente, pois ainda necessita de mais estudos e é isso que proponho que façamos, inclusive com outros medicamentos e outros protocolos”, pontuou o médico.
“Quero pedir o apoio dos pesquisadores para que tenhamos um grande grupo de trabalho que possa nos ajudar nesse nivelamento de conhecimento e à medida que chegamos à conclusões, podermos colocar em prática”, concluiu Wellington Dias.