O Piauí gradativamente retomará suas atividades econômicas após os decretos de isolamento social publicados pelo Governo do Estado, como medidas preventivas de controle da disseminação do novo Coronavírus. Para que a retomada seja realizada de maneira mais segura e eficaz para a população, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), por meio da Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado (Divisa) e com apoio da Gerência de Vigilância Sanitária de Teresina (Gevisa), tem elaborado protocolo geral e específicos, de acordo com as áreas de atuação de cada empresa.

Todas as recomendações sanitárias dos protocolos em construção estão sendo acompanhadas pelo comitê do Pacto de Retomada Organizada (Pro Piauí), coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan). Os protocolos contêm determinações e orientações específicas que devem ser seguidas pelos empregadores, trabalhadores, clientes e sociedade em geral.

A flexibilização no Piauí iniciará nos próximos dias com a liberação para funcionamento de três setores da economia (construção civil, serviços médicos e setor automobilístico). A retomada gradual de outros serviços aguarda as definições do Comitê Operações Emergenciais do Piauí (COE). “Vamos preparar cada segmento, de tal forma que, até o fim desta semana, tenhamos esta tarefa finalizada, para que haja a definição da liberação do funcionamento desses setores”, afirmou o secretário de Estado do Planejamento, Antônio Neto.

Para que a flexibilização aconteça, é preciso levar em consideração os riscos epidemiológicos e alguns critérios, como a quantidade de leitos ocupados nos serviços de saúde, o número de leitos suficientes para os atendimentos, a necessidade de testes rápidos e a avaliação da exposição dos trabalhadores.

Ao todo, a Divisa elaborou até o momento 23 protocolos, destinados aos setores da construção civil, indústria de transformação de materiais de construção, setor automobilístico (segmento comércio e reparação de veículos automotores), indústria de transformação de máquinas e equipamentos, transporte de passageiros, consultórios e/ou clínicas médicas, serviços odontológicos, serviços de fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, nutrição, radiodiagnostico, laboratórios, clínicas e consultórios veterinários, pet shop, serviços de assistência social, farmácias e drogarias, indústria de transformação têxtil, comércio atacadista e varejista, restaurantes, igrejas e templos e agropecuário.

“Nós já temos dez protocolos definidos e o restante está sendo finalizado com a contribuição das empresas, dos trabalhadores, conselhos de classe, Ministério Público, Superintendência Regional do Trabalho, enfim, nós estamos ouvindo os diversos segmentos para a construção dos protocolos”, explicou a diretora da Vigilância Sanitária do Estado, Tatiana Chaves.

A Vigilância Sanitária vai acompanhar o cumprimento das recomendações, dentre elas, a elaboração do Plano de Segurança Sanitária e Contenção da Covid-19 que as empresas terão que construir. “Nós vamos treinar, colaborar e orientar as empresas na construção de todas as medidas para que elas sejam realizadas efetivamente”, destacou Tatiana Chaves.

O Protocolo oferece dois tipos de modelos para a construção dos Planos, sendo o plano ampliado, para aquelas empresas com 20 ou mais trabalhadores e o plano simplificado, para as empresas com até 19 funcionários. “Posteriormente, as empresas terão que nos mostrar através de suas evidências que as recomendações dos protocolos estão sendo cumpridas”, destacou a diretora da Divisa.

A construção de todos os protocolos específicos segue os critérios definidos pelos comitês de operações emergenciais, através dos riscos epidemiológicos de 70% das empresas e o risco econômico de 30%, analisado pela Seplan.

Relação de protocolos em construçaõ e discussão