Após um ano da visita da vice-governadora Regina Sousa à Serra do Inácio, localizada entre os Estados do Piauí e Pernambuco, o Governo do Estado está realizando a primeira grande ação voltada para os moradores da região: a construção de 150 cisternas tipo calçadão. A primeira etapa, já iniciada, vai beneficiar onze famílias do município de Betânia e outras onze de Curral Novo. As obras serão executadas pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), por meio do Projeto Viva o Semiárido (PVSA), em parceria com a Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan).
Regina Sousa contou que descobrir a Serra do Inácio foi algo que muito lhe surpreendeu, pois não imaginava que, em pleno século XXI, ainda existisse famílias vivendo em situação de extrema pobreza. Ela visitou as comunidades da região em abril de 2019 e em maio do mesmo ano voltou para participar de um Dia de Cidadania durante o qual foram levados vários serviços para os moradores, incluindo a emissão de 87 certidões de nascimento e quase 300 carteiras de identidade, em um único dia.
A vice-governadora informou que a outra grande ação do governo será a construção de moradias dignas. “Este é um projeto ousado que esperamos concretizar”, declarou. Na Serra do Inácio, vivem mais de 450 famílias e muitas moram em casebres sem água e energia, apesar de muitas viverem sob 98 torres eólicas instaladas nas localidades que estão dentro da Serra.
“A situação serviu como um desafio para tentar mudar a vida das pessoas”, contou Regina Sousa que conseguiu, junto ao Fundo de Combate a Pobreza, aprovar recursos para a construção de cisternas. “Será nossa primeira grande ação na Serra do Inácio: a construção das cisternas”, descreveu. Ela contou que as pessoas vivem em uma situação humilhante para ter água. “As famílias são abastecidas por carro-pipa a cada 15 dias e quando está terminando a água, elas deixam de tomar banho para não ficar sem a água”, detalhou a vice-governadora.
A água das cisternas será usada para o consumo, plantio e criação de animais. A vice-governadora informou que os moradores terão a ajuda de um técnico agrícola para ensiná-los a cultivar a terra. “As famílias vão poder fazer hortas e plantar árvores frutíferas, produzir para sobreviver. Esperamos que, em 2021, a gente esteja mostrando outra cara da Serra do Inácio”, concluiu Regina Sousa, acrescentando que deseja que o período chuvoso seja bom para encher as cisternas e alegrar a vida das famílias beneficiadas com a obra.
O superintendente do Desenvolvimento Rural da Secretaria da Agricultura Familiar e coordenador do Projeto Viva o Semiárido, Francisco das Chagas Ribeiro, informou que as cisternas estão sendo construídas pelo Centro de Estudos Ligados a Técnicas Alternativas -Celta, terão filtros e uma capacidade para armazenar de 52 mil litros de água.