O Governo do Piauí, por meio do Instituto de Terras do Piauí (Interpi), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) e Polícia Militar, em parceria com o Ministério Público do Estado do Piauí, e a equipe do Grupo Especial de Combate à Grilagem de Terras (Gercog) realizaram nesta sexta-feira (28), uma operação para averiguar ocorrência de crimes contra o patrimônio imobiliário estadual na Serra do Quilombo, localizada no município de Bom Jesus.
A denúncia verbal foi apresentada ao Gercog e o desmatamento ilegal no perímetro foi constatado inicialmente pelas imagens de satélite coletadas pela Diretoria de Patrimônio do Interpi, confirmando a ocorrência de irregularidades na região.
A operação de diligência na área foi acompanhada pelo diretor-geral, Chico Lucas, e equipes do Interpi, Semar, Ministério Público, Batalhão de Operações, Batalhão de Policiamento Ambiental e a Coordenação de Gerenciamento de Crise e Direitos Humanos da PM.
No local, foi identificada a alteração de limites de área pública, associação criminosa e queimada ilegal e foram flagrados porte ilegal de armas, dentre outras irregularidades. A operação constatou que o imóvel, pertencente ao Patrimônio Público Estadual, vinha sendo ocupado de forma ilegal por terceiros, desde junho passado, e que eles alegavam a aquisição das terras públicas junto ao Interpi.
Além do desmatamento e posse ilegal e fraudulenta da terra, no local, foi constatamos também a existência de trabalhadores em condições análogas à escravidão. “No local, não tinha sequer um banheiro para os trabalhadores. Os trabalhadores não tinham um refeitório. Eles dormiam amontoados dentro de um ônibus. Essa é a situação encontrada no local, degradante e desumana”, relatou o promotor Mauricio Gomes, coordenador do Gercog.
Duas pessoas envolvidas com os crimes fundiários foram detidas e apreendido maquinário usado no desmatamento criminoso, além d aplicação de multas ambientais, aplicadas pela Semar.
O Instituto de Terras do Piauí reforça a luta pelo cumprimento de seu principal papel de promover a regularização fundiária do Estado do Piauí, respeitando o processo legal, e destaca o auxílio das demais instituições para a eficiência de sua atuação no combate às irregularidades, posto que o trabalho integrado foi fundamental para o resultado positivo da operação.