Professores e alunos da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), do campus Professor Possidônio Queiroz, em Oeiras, estão desenvolvendo o Programa de Incentivo a Realização de Alternativas Orçamentárias nas Comunidades (Pirão Comunidades). A iniciativa que conta com quatro projetos de extensão, destinados a comunidade regional, visa beneficiar comerciantes, pequenos agricultores, comunidades quilombolas e pessoas em situação de vulnerabilidade social.
A proposta é coordenada pelo professor Harlon Homem de Lacerda, diretor do campus em Oeiras, e conta com a colaboração de mais dez discentes. Dentro do Programa, estão presentes quatro eixos para serem desenvolvidos sequencialmente, contudo, algumas ações serão realizadas apenas no período pós-pandemia.
Confira a seguir, a descrição das ações:
1) O observatório Esperança Garcia/Possidônio Queiroz dos direitos da pessoa negra e das comunidades quilombolas: volta-se para a defesa dos direitos, denúncia de atos de racismo e violência, para dar visibilidade as comunidades negras e quilombolas, promovendo ações educativas e de conscientização.
2) O projeto Educação Viva: visa facilitar a formação nas comunidades, através da alfabetização de jovens e adultos, promoção de cursos profissionalizantes, formação política e conscientização, dentre outras ações.
3) O projeto Feira Livre: procura reunir a tradição nordestina da feira com as concepções de consumo consciente, promovendo a agricultura familiar e a valorização dos produtos artesanais das comunidades.
4) Banco Pirão: promoverá o desenvolvimento regional a partir das comunidades tradicionais e periféricas, através da economia solidária baseada na criação de uma moeda social.
De acordo com o orientador da ação, professor Harlon Homem, o primeiro projeto já está sendo executado. “O foco principal do Pirão é o desenvolvimento da comunidade, através da tentativa de recuperação comunitária, por meio da educação, cultura e economia solidária. Além de proporcionar integração entre Universidade e comunidade”, contou o docente.
Letícia Souza, graduanda do 8º Bloco de Pedagogia e participante do Programa, concorda que essa iniciativa restabelecerá um diálogo com a sociedade. “A Uespi sempre devolveu o conhecimento acadêmico para a comunidade, porém, sempre de forma muito singela. Agora, essa devolução será solidificada para que a população Oeirense perceba esses conhecimentos desenvolvidos”, enfatizou a estudante.
Edivânia Lima, aluna participante da proposta, faz parte de uma comunidade quilombola. “Como sendo e convivendo diariamente numa comunidade quilombola, percebo a dimensão dos problemas e das demandas que a comunidade possui. Na grande maioria das vezes não tem nenhum poder público ou instituição que esteja presente junto a essas comunidades. Agora com esse projeto, vejo uma esperança para poder estar dando voz aos marginalizados que antes era silenciados”, finalizou a discente.
Confira mais informações sobre o Programa Pirão Comunidades no nosso Instagram – @uespioficial, aonde realizamos uma Live com o coordenador e ele contou mais detalhes dessa ação.