O governador Wellington Dias tratou, nesta quarta-feira (2), sobre projetos voltados à população em situação de rua e imigrantes, em audiência com a vice-governadora Regina Sousa; o secretário de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, José Santana; superintendente da Secretaria de Estado de Governo (Segov), Núbia Lopes; com o arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, e o coordenador da Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese da Teresina, padre João Paulo.
Foi discutido a prorrogação do acolhimento das pessoas em situação de rua que estão abrigadas desde abril na Unidade Escolar Anicota Burlamaqui, localizada no bairro Macaúba, na zona sul de Teresina. A escola foi disponibilizada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para abrigar pessoas em situação de rua durante a pandemia do novo coronavírus. O objetivo é resguardar essas pessoas da Covid-19, ofertando melhores condições de estadia e alimentação.
De acordo com a vice-governadora, os projetos nesta área precisaram ser paralisados por conta da pandemia e, na reunião, puderam voltar à pauta. “Estamos dando mais um passo do que já vínhamos conversando desde o começo da gestão sobre a questão da população em situação de rua, em parceria com Igreja Católica, e tivemos que paralisar por conta da pandemia. Assim, neste período, abrigamos muitas dessas pessoas em uma escola e o que a pastoral propôs é que eles passem mais um tempo lá e que o Estado faça um termo de cessão da escola para que eles permaneçam lá com segurança jurídica”, destacou Regina Sousa.
O governador destacou o trabalho dos parceiros no acolhimento dessas pessoas e afirmou que vai continuar trabalhando para que elas continuem tendo assistência. “Neste período de pandemia, tivemos parceiros e profissionais, que agradeço por nos ajudar com as pessoas em situação de rua e evitarmos que tivéssemos uma maior contaminação e óbitos. O desafio agora é saber como vamos trabalhar daqui para a frente, garantirmos o abrigo e também atividades de produção e educação”, disse Wellington.
Dias acrescentou que irá prorrogar o apoio aos imigrantes venezuelanos e ainda trabalhar em um projeto de local definitivo para que possam morar e trabalhar. “Tratamos também das pessoas imigrantes, em especial da Venezuela, e temos, da parte do Estado, a cessão da estrutura do Centro de Treinamento do Emater, os Centros Sociais do Buenos Aires e Poty Velho e, agora, estamos acertando mantê-los por mais seis meses, com a Prefeitura de Teresina, governo federal, Ministério Público, entre outros parceiros, mas em uma perspectiva de conceder uma área nas proximidades da capital que eles possam produzir e ter condições de renda”, ressaltou o gestor.
Segundo o padre João Paulo, será oferecido cursos técnicos de formação de cuidadores para que as pessoas em situação de rua e imigrantes tenham um melhor acompanhamento. “Discutimos a possibilidade de criar um curso técnico para cuidador de pessoas em situação de rua, coordenado pela Secretaria da Educação, bem como a possibilidade de compra do Centro Social Leão XIII, no bairro Vila Operária, para ceder à Pastoral de Rua e lá ampliar o nosso trabalho. Vejo com grande esperança que as pessoas em situação de rua de Teresina tenham uma melhor assistência pelo Estado”, relatou o coordenador da Pastoral de Rua.