Pela primeira vez, o Hospital Getúlio Vargas (HGV) passa a realizar a dosagem dos níveis de imunossupressores utilizadas para suprimir a rejeição de transplante de órgãos autólogos. A medida vai dar mais segurança ao paciente transplantado e é o primeiro passo para o início do transplante hepático no HGV.

Para o diretor-geral do HGV, Gilberto Albuquerque, a implantação do exame é um avanço para a realização de transplantes no hospital, “pois os imunossupressores quando administrados em doses elevadas podem causar neurotoxicidade e nefrotoxicidade, por isso, a necessidade de fazer o controle da concentração no sangue. “Anteriormente, o HGV encaminhava o exame para um  laboratório terceirizado para o acompanhamento dos níveis de imunossupressores em pacientes transplantados, agora poderá ser feito aqui mesmo”, explica o diretor.

 

Para a coordenadora do Laboratório de Análises Clínicas do HGV, Lilibeth Sales, a monitorização dos níveis séricos dos imunossupressores é fundamental para o ajuste da dose, evitando rejeição do órgão e evitando também toxicidade no organismo do paciente.

“ O laboratório do HGV passa a fazer essa dosagem sérica que beneficiará diretamente os pacientes transplantados renais e também será importante para viabilizar o início do programa de transplante hepático no HGV”, destaca a biomédica.

O presidente da Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh), Pablo Santos, comentou a abertura do serviço de transplante hepático no Getúlio Vargas. “Já estamos retornando com os procedimentos no Getúlio Vargas e vamos implantar mais esse serviço que é tão necessário para a rede hospitalar do estado. O hospital está estruturado para os atendimentos e vamos poder reprimir a fila de espera e salvar vidas”, ressalta Santos.