Os beneficiários do Projeto Viva o Semiárido, executado pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF) e pelo Fundo de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Fida), participaram de uma pesquisa virtual realizada no mês de junho. Cerca de 1.500 beneficiários responderam ao questionário virtual.
Segundo o coordenador do projeto no Piauí, Francisco das Chagas Ribeiro Filho (Chicão), após a análise e balanço, os resultados foram muito favoráveis e destaca três pontos principais: acompanhamento técnico, a geração de renda e a inovação tecnológica. “É do conhecimento de todos que a implantação dos projetos é acompanhada por assessoria técnica, e como também eles são voltados para geração de renda. Muitas famílias já estão experimentando os resultados econômicos das ações que foram e estão sendo desenvolvidas pelo Projeto Viva o Semiárido, que vai deixando este legado, que é também de fortalecimento das organizações, já que todos os projetos são vinculados a associações ou cooperativas”, ressaltou Chicão.
A beneficiária do Projeto Viva o Semiárido em São José dos Cocos, Maria do Perpétuo Socorro, conhecida como Preta, viu como positiva a aplicação da pesquisa de forma on-line, desenvolvida na comunidade com o acompanhamento do PVSA, onde a equipe do PVSA pôde acompanhar por meio de um formulário enviado pela internet. “Achei de fácil acesso, pois até mesmo aqueles que não têm grande habilidade, conseguiram responder com facilidade. Considero uma atividade positiva, pois toda forma de avaliação do desempenho das práticas é muito positiva e significativa para que a partir daí possa dar continuidade ou melhorar a sua prática metodológica”, concluiu Preta.
Segundo a consultora em Monitoramento e Avaliação do PVSA, Andrea Simone, a pesquisa de resultados teve como objetivo verificar as mudanças ocorridas na vida dos beneficiários a partir da implantação do Viva o Semiárido, bem como mensurar os indicadores do projeto. ”O marco lógico é um quadro de indicadores dos projetos Fida, que vamos monitorando durante toda a implantação. A pesquisa foi realizada no mês de junho deste ano, de forma virtual, por um link com um questionário que foi enviado aos beneficiários por meio das unidades regionais e das empresas de assistência técnica, que prestam serviços e têm contatos direto dos beneficiários”, completa Andrea.
Resultados
Segundo a consultora, foram 1.417 formulários on-line válidos entre os cinco territórios de abrangência: Vale do Sambito, Vale do Rio Guaribas, Vale do Rio Canindé, Serra da Capivara e Chapada Vale do Rio Itaim. Desse total, 45% foram respondidos por mulheres e 55% por homens, e para 90% dos respondentes houve aumento na produção; 95% deles adotaram novos insumos e novas tecnologias a partir do projeto (reuso de água, irrigação, forragem, sementes e mudas de boa qualidade, animais de boa qualidade); e para 75% deles a renda aumentou devido ao aumento da produção, bem como houve uma melhoria no consumo alimentar das famílias. Quanto ao aspecto social, abordado na pesquisa, houve uma maior participação de mulheres e jovens na vida na comunidade.
A pesquisa também avaliou sobre os impactos da Covid-19 nas comunidades, e para as pessoas que responderam ao questionário, houve uma redução na venda dos produtos, principalmente por causa do isolamento social, e 70% dos entrevistados revelaram que já tiveram acesso ao auxilio emergencial do governo federal.
O Projeto Viva o Semiárido está no penúltimo ano de execução e a próxima avaliação será sobre o impacto do PVSA na vida dos beneficiários.