Facilitar o acesso à educação no sistema prisional é um dos objetivos da Secretária de Estado da Justiça (Sejus). Na Penitenciária Feminina de Teresina, as reeducandas seguem mantendo uma rotina de estudo e preparam-se para o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade, o Enem PPL. Nessa terça-feira (24), as internas participaram de um teste de conhecimentos, aplicados por professores da Seduc.
De acordo com Jussyara Valente, coordenadora de ensino da Sejus, esta é uma das etapas para a preparação das reeducandas para o Enem PPL. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as atividades relacionadas à educação estão acontecendo de forma remota.
“As atividades de forma remota foram o modo que encontramos para que os internos não saíssem prejudicados. Nós temos o compromisso de ofertar todos os materiais necessários para que eles possam concorrer a essas vagas”, disse.
A coordenadora de ensino acrescenta que a educação no sistema prisional tem gerado resultados positivos. “No ano passado, tivemos um grande número de aprovados. A Educação é a nossa ferramenta primordial para a transformação dessas pessoas que estão privadas de liberdade. Nós sabemos que, além de contribuir com o conhecimento para que elas tenham condições de fazer reflexões, inclusive do ato que as trouxe para a penitenciária, elas também ganham com a remição de pena”, completa.
Para Francineia Guedes, reeducanda da Penitenciária Feminina, no sistema penal ela ganhou a chance de se dedicar mais aos estudos. “Eu estou tendo oportunidade que eu não tinha lá fora. Então, está sendo muito importante para mim. E eu quero lutar pelos meus estudos para que eu tenha um futuro melhor e fazer algo de diferente do que eu vivia antes”, afirma.
Durante todo o ano, os detentos têm acesso a diversos programas de ensino, como Pronatec, Projovem Urbano, EJA e revisões preparatórias para o Enem PPL.