A Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres entregou, nessa quinta-feira (10), a premiação da sétima edição do concurso sobre a Lei Maria da Penha. O concurso é realizado desde 2012 e, na edição deste ano, foram selecionados vídeos curtos de estudantes com o tema “Construindo novas histórias para meninas e meninos: quando relacionamentos se tornam abusivos, como perceber e mudar isso?”.
O evento faz parte da campanha mundial 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, da qual a Secretaria da Mulher e a Primeira Secretaria da Câmara dos Deputados participam. No Brasil, a campanha foi realizada de 20 de novembro (Dia da Consciência Negra) a 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).
O estudante Carmo Santos e a professora Lidiane Carvalho, da Unidade Escolar Aprígio Pereira Bezerra, escola da redes estadual de ensino, localizada no município de São Julião, foram premiados representando a região Nordeste.
Durante a premiação, Carmo relatou que, apesar das limitações impostas pela Covid-19, está feliz e honrado por ser premiado com a professora Lídia Carvalho.
“Quando produzi meu vídeo escolhi uma historia real para dar mais impacto pois, por mais que eu conheça a situação, jamais saberia o que seria passar na pele. Não faltaram relatos, por morarmos em um país onde vivenciamos uma epidemia de violência doméstica. Falta a gente discutir e debater. Tínhamos um propósito com o vídeo e ele foi cumprido, alcançando mulheres da minha região”, disse o estudante.
A iniciativa foi realizada por meio da Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados que, desde 2012, em convênio com o Banco Mundial, realiza o Concurso Cultural sobre a Lei Maria da Penha, já tendo premiado criações artísticas em diversos formatos, como filmes, canções, fotografias e ilustrações.
Em sua participação no evento, Maria da Penha parabenizou a Câmara dos Deputados pela 7ª edição do concurso que leva o tema até a escola e lembrou da data representativa, o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
“Infelizmente a questão de violência de gênero em nosso país decorre de um processo histórico. É preciso que se tenha a mudança dessa cultura machista patriarcal. Reconhecemos que a educação se apresenta como a principal alternativa para a desconstrução da violência e a promoção da cultura de paz”, destacou a ativista.
O concurso teve como objetivo incentivar a discussão sobre a violência contra a mulher entre jovens de diferentes comunidades e grupos sociais por meio da seleção de vídeos curtos, produzidos por alunos de escolas públicas e privadas na faixa etária de 14 a 18 anos, referentes à comemoração do 13º Aniversário da Lei Maria da Penha.