O governador Wellington Dias se reuniu, nessa terça-feira (22), com o Comitê de Operações Emergenciais – COE Ampliado, para avaliar o cenário atual da Covid-19 e medidas de enfrentamento estabelecidas para o período de festas no Piauí. As forças de segurança e a vigilância sanitária estão convocadas a intensificar a fiscalização em todo o estado, para minimizar a propagação do vírus durante o Natal e a virada de ano, quando tradicionalmente a população se reúne para festejar.
Os dados mostram um quadro de estabilidade nas infecções e mortes pelo coronavírus no Piauí. O desafio apontado pelas autoridades é alertar a população que a pandemia permanece e continuam indispensáveis os cuidados relacionados à proteção individual e coletiva, com distanciamento social e uso da máscara.
A norma mais recente editada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), reafirma que os eventos festivos de fim de ano não poderão reunir mais que 100 pessoas, independente do tamanho do espaço em que é realizado. A nota-técnica estabelece o número máximo de 15 pessoas em reuniões familiares.
“Pedimos em nome da Sesapi e do Coe o respeito ao limite de no máximo 15 pessoas por domicílio e que essas pessoas sejam do mesmo convívio familiar. Orientamos desde chegada de Papai Noel até confraternizações de empresas, para que tenhamos um número cada vez menor de pessoas expostas ao risco” esclareceu Tatiana Chaves, diretora da Vigilância Sanitária.
Os eventos drive in são exceção. Fica mantido o limite de até 1 mil espectadores no espaço onde acontece a apresentação artística, sendo 4 pessoas por veículo. O objetivo é permitir as comemorações, garantindo segurança.
“Vamos manter os programas de proteção no Natal e Réveillon, com atenção especial para regiões como Picos, Piripiri, Parnaíba, Luís Correia, Cajueiro da Praia. Não teremos mais flexibilizações, mas manteremos as regras já estabelecidas usando equipes da PM, Policia Civil, agencias de vigilância sanitária do estado e municípios” pontuou Dias.
Segundo informações da Sesapi, na avaliação geral, o estado do Piauí apresenta risco baixo para o coronavirus, com média diária de 9 óbitos e 397 novos casos da doença por dia. Entre as 12 regiões de saúde, cinco (Planície Litorânea, Tabuleiros do Alto Parnaíba, Vale do Canindé, Vale do Rio Guaribas, Vale dos Rios Piauí e Itaueiras) apresentam risco moderado. As outras sete regiões são classificadas como baixo risco.
O governo continua monitorando as regiões com maior incidência, mantendo leitos hospitalares disponíveis e seguindo com o trabalho do programa Busca-Ativa.
“Acompanhamos e parabenizamos toda a equipe do governo, em especial a Sesapi oela logística de atendimento à população. Seguimos esperançosos pela vacinação em janeiro, para termos mais segurança, alegria e esperança” disse o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Sebastião Ribeiro Martinsm que esteve presente na reunião.
“Parabenizo o Governo do Estado pela condução das ações em todo esse ano. A todos que integram sua equipe e ao Coe Ampliado, espaço de troca de informações e tomada de decisões. A sua condução (Wellington Dias) nas discussões sobre a vacinação em nível nacional nos orgulha” avaliou Carmelina Moura, procuradora-geral de Justiça.
Vacina
Dias reafirmou a previsão de chegada das primeiras doses de vacina contra o coronavírus ao Piauí no dia 21 de janeiro. Serão 196 mil doses da vacina Fiocruz/AstraZeneca. Segundo o governador, a distribuição para os municípios mais distantes se dará por avião. As cidades mais próximas receberão as doses por via rodoviária.
“Os insumos para aplicação, como seringas e agulhas, o governo federal prometeu distribuir a partir do dia 28 de dezembro. Porém, se não acontecer, já determinamos um registro de preço pela Secretaria de Saúde, para termos condições de atender” acrescentou o governador.
Calamidade
O COE Ampliado foi comunicado da prorrogação do estado de calamidade no Piauí por até 180 dias. Segundo o governador, os demais estados brasileiros, devem seguir o mesmo caminho.
“Isso permite e obriga os entes federados a adotar providências que colocam a vida em primeiro lugar. Garante condições de adquirirmos materiais para aplicação das vacinas, por exemplo, além de proteger o emprego” explicou.