O Comitê Científico do Consórcio Nordeste emitiu, na última quinta-feira (18), um comunicado no qual faz uma avaliação dos supostos efeitos que teriam sido provocados pela vacina Oxford-AstraZeneca em pessoas na Europa. O grupo de especialistas considerou ainda a recomendação de institutos internacionais e nacionais e, por fim, se mostrou a favor da continuidade da administração do imunizante na população brasileira.
“Até a presente data, a vacina de Oxford-AstraZeneca já foi utilizada em pelo menos uma dose na vacinação em mais de 70 países, aplicadas em mais de 20 milhões de pessoas na índia, 17 milhões na Europa, três milhões no Brasil, por exemplo. Relatos na Europa de suspeitas de casos de formação de coágulos sanguíneos após a administração desta vacina, levaram a abertura de um processo de investigação para averiguar a possível associação dos casos com o imunizante”, diz o documento. O comunicado destaca ainda que foram registrados 22 casos de embolia pulmonar e 15 de trombose venosa profunda entre os 17 milhões de indivíduos vacinados na Europa, o que fez com que alguns países suspendessem provisoriamente o uso da vacina até que fosse descartada a hipótese de que o imunizante fosse o motivo destas reações.
“Apesar da precaução das autoridades de vários países da região, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou hoje, 18 de março, que o imunizaste continue sendo utilizado. (…) A OMS também recomenda que esta vacina continue sendo aplicada e reiterou que as decisões de análises dos países europeus são um procedimento de rotina. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também recomenda a continuidade do uso da vacina Oxford-AstraZeneca. (…) A Anvisa ainda reforça que o lote da vacina, que deu início às suspensões e investigações feitas por alguns países, não chegou ao Brasil”, ressalta o comunicado.
O comitê finaliza o documento informando que “após a análise do conjunto das evidências e razões sobre a segurança e eficácia da vacina Oxford/AstraZeneca abalizadas pela EMA, Anvisa e OMS, se manifesta pela continuidade de sua aplicação pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a população brasileira”.