Até 2018, o Piauí aparecia no quarto lugar na lista dos Estados com maior parcela de desmatamento do bioma no País, com 2.100 hectares. Agora, ele aponta com índice de apenas 372 hectares, reduzindo, portanto, em 76% o desflorestamento. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e pela Fundação SOS Mata Atlântica.

Para a Secretária de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí o fortalecimento das ações de fiscalizações, a criação de novas unidades de conservação, a não autorização de licenciamento em áreas de incidência de Mata Atlântica e a ampliação de atividades de educação ambiental foram imprescindíveis para se atingir esse índice positivo.

“Estamos trabalhando fortemente para melhorar os índices de sustentabilidade do Piauí: evitando queimadas e desmatamento, preservando nosso mananciais e nossos biomas naturais, fortalecendo as atividades de educação ambiental. Tudo isso está conectado e contribui para esse resultado final positivo”, enfatiza Sádia Castro.

O Piauí possui 46 municípios em área de atuação da Mata Atlântica, correspondendo a 10,52% de seu território, detendo, aproximadamente, 26.462,3 km² de vegetação com fisionomias típicas do bioma.

Ontem (26/05) a Secretária de Estado de Meio Ambiente, Sádia Castro participou por meio de videoconferência do 7° encontro das Secretarias Meio Ambiente da Mata Atlântica. Na ocasião, a secretária e os demais representantes dos 17 Estados inseridos no bioma apresentaram o que vem sendo feito objetivando garantir a recuperação do ecossistema. A reunião foi promovida na data em que é celebrado o Dia da Mata Atlântica.

Na ocasião, Marcia Hirota, Diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, destacou que a redução desse índice no Piauí é um feito que deve comemorado. “O Piauí aparecia no quarto lugar da lista dos estados que mais desmatavam e agora evidencia as chances de frear ainda mais o desmatamento pois isso é um alinhamento do órgão gestor de meio ambiente e de todo o seu corpo técnico,” vislumbra ela.

A ocupação agrícola e a pressão no entorno das áreas metropolitanas e no litoral por conta da expansão imobiliária e pelo turismo são apontadas no relatório da SOS Mata Atlântica como principal vetor de manutenção do alto patamar de perda da vegetação nativa, com o crescimento do desmatamento em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que tiveram aumento de mais de 100% em relação ao período anterior – sendo que em São Paulo e no Espírito Santo chegou a ultrapassar 400%, colocando o bioma Mata Atlântica em grande ameaça e reforçando  a necessidade de ações de restauração florestal.

Fonte: ASCOM SEMAR