O Hospital Getúlio Vargas (HGV) realizou, nessa segunda-feira (31), mais uma captação de múltiplos órgãos e tecidos para transplantes. Foram captados os rins, o fígado e as córneas. Essa foi a segunda captação feita pelo HGV em dez dias e a sétima de 2021.
A doadora, de 42 anos, teve o diagnóstico de morte encefálica confirmado após a realização de todos os testes comprobatórios determinados pela legislação brasileira. A causa foi um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH). A doação foi feita mediante autorização da família.
Os rins serão transplantados, nesta terça-feira (1º), no próprio hospital, em pessoas que aguardavam na fila de espera do Estado. Com esses dois transplantes, serão quatro procedimentos renais realizados pelo HGV nos últimos dez dias. As córneas também ficaram no Piauí e o fígado foi enviado para o Ceará.
Dois pacientes serão beneficiados. J.A.O, 50 anos, e D.P.N, 23 anos, que desde os 16 fazia hemodiálise. O jovem diz esperar que tudo seja diferente na vida dele após o transplante. ¨Vou passar a ter mais liberdade e condições de poder viajar, estudar. Enfim, tudo vai melhorar daqui por diante¨, comemora.
O diretor-geral do HGV, Osvaldo Mendes, lembra que, mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19, o hospital vem mantendo a realização desses procedimentos. ¨Entendemos, por exemplo, que o transplante é o melhor tratamento para pessoas com doença renal crônica, pois possibilita que elas tenham uma melhor qualidade de vida¨, pontua o gestor.
A coordenadora do Serviço de Transplante Renal do HGV, Celina Castelo Branco, explica que, este ano, já foram realizados dez transplantes e que todos os pacientes tiveram boa evolução. ¨Precisamos divulgar esses bons resultados e os atos de solidariedade, como o dessa família que doou os órgãos de seu ente querido. Para que esse ato se multiplique e que possamos fazer cada vez mais transplantes e, assim, melhorar a vida de mais pessoas¨, pontua a médica.
O presidente da Fepiserh, entidade que gerencia o HGV, Ítalo Rodrigues, destaca a importância da sensibilização das famílias para a doação de órgãos. “ É crucial a conscientização de todos nós para, efetivamente, sensibilizar as pessoas. Somente com a autorização das famílias é que será possível fazer um transplante e salvar vidas”, afirma.
A ação se deu por meio da Central de Transplantes do Estado, Organização de Procura de Órgão e Tecidos (OPO), Banco de Tecidos Oculares (BTOC) do HGV e Centro Cirúrgico.