Cerca de 60 gestores de juventude dos municípios piauienses participaram dos dois dias de encontro. Foto: Ascom Cojuv

Terminou, nessa quarta-feira (11), o Fórum Estadual de Gestores Municipais de Juventude. O evento foi realizado pela Coordenadoria da Juventude do Estado do Piauí (Cojuv), em parceria com o Cedjuv/PI e com a Comissão Organizadora Estadual. No dia 10, houve o lançamento da 4ª Conferência Estadual de Juventude, prevista para o ano que vem. O Fórum reuniu cerca de 60 gestores ligados à pauta e contou com a presença do presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), Marcus Barão.

Durante o evento, a Cojuv apresentou alguns dos principais projetos que vêm sendo desenvolvidos pelo órgão, como o Caravana Juventude Ativa e a divulgação do programa Identidade Jovem. Além disso, a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) apresentou dados sobre a saúde mental no Piauí por meio da assistente social e técnica de referência em saúde mental, Socorro Milhomem.

Um dos participantes do fórum foi o ouvidor de Luzilândia, Ricardo Lopes de Araújo. Ele também faz parte do Conselho Municipal de Juventude, cujos membros tomarão posse no próximo dia 19. Lopes explica que algumas ações voltadas para a juventude já são realizadas em Luzilândia, como a oficina de grafite que aconteceu em junho, e que há a previsão de uma atividade de teatro para setembro.

“Gostamos muito da proposta do projeto Caravana Juventude Ativa, principalmente pelo fato de que é um projeto pensado para atender a realidade de cada município. Também queremos nos focar na divulgação do ID Jovem entre os jovens do município”, disse.

Em relação à Conferência, o secretário-executivo do evento, Venicio Moura, fez apresentação com as orientações para os municípios na realização das etapas municipais e na elaboração de seus planos municipais de juventude. No primeiro semestre de 2022, quando deve ocorrer a 4ª Conferência Estadual de Juventude, esses planos devem ser apresentados e discutidos para a reformulação do Plano Estadual de Juventude.

“O objetivo é que cada município tenha um diagnóstico da juventude local. Os planos municipais de juventude devem estabelecer diretrizes e metas para o poder público poder trabalhar em torno de cinco anos com a juventude no seu município”, disse o coordenador estadual de Juventude, Vicente Gomes.

Atlas das Juventudes

Presidente do Conjuve apresentou plataforma de dados sobre população jovem no Brasil. Foto: Ascom Cojuv

No dia 11, o presidente do Conjuve, Marcus Barão, apresentou o Atlas das Juventudes, importante banco de dados sobre a população jovem no Brasil. “O objetivo é reunir uma base sólida de evidências para apoiar qualquer pessoa e organização que trabalhe na formulação de políticas públicas, estratégias e programas para a juventude”, explica.

O Atlas é uma iniciativa da sociedade civil com o apoio do Conjuve. A plataforma reúne um conjunto de pesquisas que vão desde análises secundárias de outras pesquisas, com a PNAD, por exemplo, fazendo um recorte da população jovem. Mas também há outras pesquisas realizadas a partir de dados coletados com a consulta pública de jovens. É o caso da pesquisa Juventudes e a Pandemia, que aplicou um questionário com quase 70 mil jovens em todo o Brasil.

Barão afirmou que a plataforma deve realizar pesquisas periódicas de agora em diante, de modo a fornecer dados sempre atualizados sobre as juventudes brasileiras. Além de pesquisas, o Atlas tem uma biblioteca de documentos com 239 publicações, categorizadas por tema, abrangência e tipo de publicação.

Conselhos de Juventude

Outra pauta abordada por Barão foi o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). Durante sua fala, ele abordou o Sistema Nacional de Juventude e a história do conselho que coincide com a própria história de várias conquistas dos movimentos de juventude.

“Historicamente, o Conjuve realizou diversos encontros nacionais de conselheiros de juventude que tinham como objetivo reunir os conselhos de juventude do Brasil, principalmente os conselheiros estaduais nas suas articulações com os conselhos municipais, debater boas práticas e, principalmente, fazer uma mobilização em rede para a ampliação da participação social por meio dos conselhos dos municípios do Brasil”, disse.

De acordo com o presidente, já foram realizados três encontros nacionais de conselheiros. Nestes encontros, os conselheiros debatem boas práticas e se mobilizam em rede de modo a ampliar a participação social via conselhos municipais.

Haverá um quarto encontro no fim deste mês. “Não há conselhos em todos os estados do Brasil: alguns estão inativos, outros não foram criados. Queremos retomar isso e promover uma campanha chamada Conselhos em Rede, onde disponibilizamos alguns documentos e ferramentas de suporte, como o Guia de Conselhos de Juventude e, por meio de uma parceria com a Confederação Nacional dos Municípios podermos alcançar mais cidades. É um enorme desafio, pois são 5.570 municípios no Brasil, mas nenhum desafio é grande o suficiente para intimidar as ações do Conjuve”, finalizou.