O governador Wellington Dias participou, nesta quinta-feira (16), de audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal para discutir sobre investimentos e parcerias estratégicas do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição conhecida como Banco Brics. A audiência contou com a presença do presidente do NDB, Marcos Troyjo.
Segundo Marcos Troyjo, nesse momento o Brasil tem uma cartela de projetos aprovados no valor de R$17 bilhões. “O NDB que é um resultado concreto dessa parcerias entre os Brics, que hoje tem uma carteira de mais de 80 projetos aprovados nos seus 5 países membros, na casa dos R$170 bilhões. Isso representa um marco para o Brasil, já que é dono de 20% do NDB. Nesse momento o Brasil tem R$17 bilhões aprovados, prontos para investimentos no país. Até 2022 é provável que seja aprovado mais R$6 bilhões para projetos de infraestrutura, portanto estamos nos consolidando como uma das principais fontes acessível, competitivas e de capital de longo prazo para o Brasil”, afirmou.
Ainda de acordo com o presidente do NDB, existe uma mudança na economia global em andamento que que irá gerar oportunidades inéditas para o Brasil e para os países que têm características parecidas aos da América do Sul. “Será um novo capítulo da globalização e essa mudança na geoeconomia global traz uma série de implicações com novas correntes de comércio e de investimentos. Será a ascensão dos países emergentes, particularmente o Brasil, e precisamos construir as pontes para conectar projetos que sejam bancáveis, lucrativos a longo prazo e que mudem estruturalmente as suas sociedades com os grandes recursos que estarão disponíveis”, concluiu Troyjo.
Para o governador e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias, que discursou em nome dos demais governadores do Brasil na audiência, deve existir um regramento que leve em consideração a capacidade de cada estado. “O objetivo do NDB é garantir as condições de investimentos para variados setores, desde energia renovável a tecnologia de informação e comunicação voltadas para sustentabilidade, água e saneamento, maquinário e equipamento e mobilidade urbana. Sabemos a importância da participação do Brasil no Banco do Brics e os estados precisam caminhar na mesma direção que os países em desenvolvimento e criar um ambiente de confiança para a atração de investimentos, portanto defendo que tenhamos um regramento brasileiro que leve em conta a capacidade de cada estado, que trabalhemos parcerias públicas privadas e, da parte dos Brics, que os investimentos se transformem em importantes benefícios e qualidade de vida para os brasileiros”, disse.