Kaio Evangelino é assim que sua mãe, Mônica Miranda Negreiro o registrou para homenagear a Maternidade Dona Evangelina Rosa, local onde o bebê fez uma cirurgia delicada que salvou sua vida.
Mônica, que é técnica em enfermagem e trabalha como socorrista do SAMU no município de Coronel José Dias, teve uma gestação com alguns problemas, onde não se alimentava bem e dormia pouco, mas teve um pré-natal acompanhado onde recebia as informações que estava tudo bem com a criança. Mas para sua surpresa seu filho, que nasceu de parto cesariano, no município de São Raimundo, no Hospital Regional Senador Cândido Ferraz, nasceu com problema de Atresia Esofágica. No Piauí, em média, por mês, uma criança nasce com esse defeito congênito.
Atresia esofágica é um defeito congênito no qual o esôfago se estreita ou tem uma extremidade fechada, ou seja, não tem saída. Ele não se conecta com o estômago, como normalmente deveria. A maioria dos recém-nascidos com atresia esofágica apresentam também uma conexão anormal entre o esôfago e a traqueia denominada fístula traqueoesofágica. Dessa forma o pequeno Kaio não conseguia se alimentar e precisou passar por um procedimento cirúrgico após 2 dias de nascido. A cirurgia foi uma ligação do esôfago para o estômago para que ele pudesse vir a se alimentar.
Mônica conta, emocionada, que foi um susto muito grande quando recebeu a notícia. “Meu filho ficou quase um mês na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), da MDER, se alimentando pela nutrição parenteral, onde o alimento é administrado por via intravenosa, ou seja, pela veia. Recebi a notícia do problema do meu filho logo após seu nascimento. O pediatra me informou que teria que transferir meu filho para Teresina, onde ele teria que realizar a cirurgia o quanto antes. Foram dias de preocupações e angústia. Meu filho tão pequeno já teria que se submeter a uma cirurgia”, conta emocionada.
A mãe relata ainda que mesmo com a realização da cirurgia e depois de algum tempo de internação na UTI, o organismo rejeitou o alimento, após os médicos decidirem iniciar a dieta alimentar. “Foi um momento muito sofrido, foi um processo bem difícil. Foi um baque, onde eu me programei para ir ao hospital passar três dias e sem esperar, tive que ir para outra cidade, por um tempo indeterminado”, pontua.
Por conta das preocupações, Mônica teve um processo inflamatório após o parto. “Fiquei firme e forte. Mas o que me chamou mais atenção e me deu muita força foi o cuidado da equipe médica e de enfermagem da Maternidade Dona Evangelina Rosa. Um cuidado especial com todas as mães, orientando e acalentando. Estou saindo da Evangelina Rosa transformada, não sei explicar com palavras a profunda gratidão por tudo que fizeram por mim e pelo meu filho. Quero aqui agradecer os profissionais da UTI, por todo o apoio e cuidado que eles tiveram e quero me espelhar nesses profissionais para que eu me torne uma profissional de saúde como a equipe da Evangelina Rosa”, diz.
Após a melhora do pequeno Kaio, foi realizada a transferência para a enfermaria Canguru. “Na Canguru eu pude ficar com ele, e pude pegar meu filho no colo pela primeira vez, após um mês de seu nascimento. Só tenho a agradecer todo o carinho e comprometimento de toda equipe. Assim saio da Maternidade Evangelina Rosa grata por tudo que fizeram e a forma que encontrei para mostrar minha gratidão foi colocar o nome do meu filho de Kaio Evangelino”, finaliza a mãe.