A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), através da Coordenação de Infecções Sexualmente Transmissíveis, prepara ações para reforçar a importância do enfrentamento e dos cuidados com a sífilis para toda a população. O terceiro sábado do mês de Outubro foi designado como o dia Nacional de Combate à Sífilis, mas ações da Sesapi voltadas para o enfrentamento à doença deverão acontecer durante todo o mês, reforçando a importância do diagnóstico e tratamento adequado.
Segundo os boletins epidemiológicos sobre sífilis da Sesapi, o Estado já registrou até o dia 13 de Outubro, 479 casos da doença em Gestantes e 285 casos de Sífilis Congênita. Ainda segundo o boletim as cidades de Teresina, Parnaíba, Piripiri, Picos, Campo Maior, Barras, Altos, Esperantina, Bom Jesus e José de Freitas são que tem o maior número de casos de Sífilis em gestantes, registrado de 2017 a 2021.
Já as cidades de Teresina, Parnaíba, Picos, Campo Maior, Altos, Luís Correia, Buriti dos Lopes, União, Miguel Alves e Água Branca são os dez municípios piauienses que mais registraram casos de Sífilis Congênita no período de 2017 a 2021.
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.
A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal previne a sífilis congênita e é fundamental.
Para Karinna Amorim, Coordenadora de IST´s da Sesapi, é essencial que a população esteja atenta para a questão do diagnóstico e tratamento da sífilis, além de manter as medidas preventivas constantemente. “Geralmente, é detectada uma única lesão no órgão genital. Não coça, não dói, não incomoda, mas vai evoluindo e a pessoa está infectada sem desenvolver nenhum sintoma e só será possível fazer o diagnóstico com a testagem”, afirma. O tratamento é fácil, simples e feito pelo SUS. A doença é prevenível, tratável e curável.