“Piauí, terra querida, Filha do Sol do Equador, Pertence-te a nossa vida, Nosso sonho, Nosso amor…”. A composição de Antônio Francisco da Costa e Silva, Firmina Sobreira e Leopoldo Damasceno, evidencia bem o sentimento dos mais de três milhões de piauienses.
Localizado entre o Ceará e o Maranhão, o Piauí também faz divisa com a Bahia, Tocantins e Pernambuco. Mas se engana quem pensa que a divisão territorial limita a expansão do estado. A notoriedade que os piauienses vêm conquistando, em virtude das ações e ideias que desenvolvem, ultrapassa até mesmo as fronteiras do Brasil.
Nesta reportagem especial, você conhecerá alunos e professores da Universidade Estadual do Piauí que conquistaram destaque e garantiram reconhecimento internacional. Através dos seus projetos, representam o Piauí e enaltecem as peculiaridades da nossa região.
Experiências que contribuem para o desenvolvimento do estado
Vencedor do concurso internacional de vídeos da Organização das Nações Unidas (ONU) e discente do curso de jornalismo no campus Profº Barros Araújo, Carmo Dos Santos, abordou em sua produção audiovisual sobre as mudanças climáticas e o direito à água e ao saneamento.
O jovem, que também é engajado com as práticas sociais de voluntariado, explica que o tema escolhido para o vídeo teve como objetivo provocar reflexões na sociedade, a fim de que haja conscientização e menos desperdício dos recursos. Veja a seguir a produção feita por Carmo dos Santos:
“Esse é um assunto que tem grande conexão com o Piauí e é muito importante para nós piauienses. Foi de grande significância ter a oportunidade de ganhar o concurso, visto que competi com produções do mundo todo. A partir disso, pude levar tanto a mensagem do meu vídeo, quanto o nome do nosso estado para além do Brasil”, expressou Carmo.
Quem também elevou a bandeira do Piauí para o cenário internacional, foi o acadêmico do curso de Direito no Campus Torquato Neto, Raian Mateus. O estudante participou do edital de Intercambio da Fundação Botín, um dos mais concorridos do mundo. Ele foi um dos quatro brasileiros aprovados e o único representante piauiense apto para a experiência no exterior.
O Edital da Fundação Botín faz parte do Programa de Fortalecimento da Função Pública na América Latina. A iniciativa tem como objetivo reunir os melhores estudantes universitários da América Latina que almejam se comprometer com suas sociedades a partir do serviço público.
Raian acredita que essa experiência contribuirá tanto para seu crescimento profissional e pessoal, como também trará impacto para o estado. “Já venho estudando sobre as estratégias e políticas de governo do Piauí e pretendo compartilhar nossos projetos, além de refletir a partir da experiência latino-americana os pontos que necessitamos melhorar, os quais são inúmeros. Sem dúvidas o contato com outras experiências positivas propiciará um ganho enorme e a certeza do caminho que quero traçar profissionalmente, o qual não se dissocia do meu estado, da minha origem, o que me deixa muito orgulhoso e feliz”, enfatizou o aluno.
Internacionalização da UESPI
O coordenador de Relações Internacionais da UESPI, professor Orlando Berti, reitera que a internacionalização propõe a integração dos estudantes, docentes e corpo técnico-científico com instituições de todos os continentes. “Com o advento da pandemia adotamos o método da internacionalização dentro da universidade, que é ampliar, de maneira virtual, cursos, palestras e momentos de trocas de conhecimento”, esclareceu.
Segundo ele, tais experiências proporcionam compartilhamento de saberes, conhecimento de novas técnicas, culturas e vivências, principalmente, para partilhar fora dos muros da universidade, em todo nosso Piauí.
Reconhecimento
O docente Francisco das Chagas também leva a bandeira do Piauí para o cenário internacional. Além da grande repercussão por causa da pesquisa com moléculas do Jaborandi e Buriti que tem a capacidade de inibir a Covid-19, o professor do curso de Química já recebeu premiações em diversos eventos em virtude da sua produção científica.
Neste ano, Francisco Das Chagas e pesquisadores da Universidade Federal do Piauí e do Instituto Federal do Piauí, receberam a premiação do Comitê Editorial do periódico científico Human Imunology, devido o desenvolvimento de um software de compatibilidade para doação de órgãos.
“Pra mim é motivo de Orgulho! É muito significativo e importante elevar o nome do Piauí para outras fronteiras, fazendo com que as pessoas conheçam nosso estado”, disse o docente.
Além da premiação recente, em 2014 o professor conquistou o prêmio de melhor trabalho apresentado em um evento latino americano de biotecnologia. No ano de 2016, ele também conquistou êxito na mesma categoria em um evento internacional de farmácia.
Pesquisa no Piauí
A pesquisadora e professora do curso de Letras UESPI, Algemira Macêdo, conta que desde o início de sua trajetória, seu foco é difundir a pesquisa e promover ações que oportunizam a troca de conhecimento.
Lucrécia Pacheco é egressa do curso de Agronomia da UESPI. Ela ganhou experiência internacional na área de ciências agrárias após participar de um intercambio na Itália. “O vínculo com o grupo de pesquisa da Universidade de Bolonha (UNIBO) foi mantido, e no ano de 2019, um ano após o intercâmbio, realizamos uma pesquisa nas hortas comunitárias de Teresina, da qual fizemos o levantamento de informações técnicas para a prefeitura da capital”, informou a egressa sobre a contribuição de seu trabalho.
Atualmente a egressa é mestranda da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), no Rio Grande do Norte, na área de Manejo de solo e água.
A representatividade dada ao Estado, através da ciência e das experiências de conhecimento adquiridas por discentes e docentes da UESPI, reforça ainda mais o compromisso da instituição com o desenvolvimento do Piauí.