A Secretaria da Segurança Pública do Piauí lançou, nesta quinta-feira (21), o Sistema Informatizado de Avaliação de Risco da Segurança Orgânica. Ele serve para antever fatores de risco no órgão público, de forma a mantê-lo funcionando normalmente.  O sistema será usado primeiro na Secretaria de Segurança Pública e depois pode ser estendido aos demais órgãos do estado.

Antes do lançamento, a metodologia, que foi desenvolvida por dois professores, foi aplicada na polícia penal para ser testada. No sistema penitenciário, fatores de risco são fugas, rebeliões, advogados e famílias insatisfeitos, adoecimentos. “É para manter a instituição funcionando regularmente, usando políticas que mitiguem esses riscos”, disse a delegada Eugênia Villa, superintendente de Gestão de Riscos da Secretaria de Estado da Segurança, durante o lançamento, que ocorreu no auditório da ATI, em Teresina. O projeto é uma parceria da Superintendência do Sistema de Gestão de Riscos (Sugris) com a Agência de Tecnologia da Informação do Piauí (ATI).

Por determinação do governador Wellington Dias, em reunião ocorrida em dezembro de 2018, para classificar presos consoante níveis de risco, iniciou-se percurso da gestão de riscos na seara da segurança. Inicialmente, buscou-se verificar quais as experiências adotadas pela Polícia Penal local para organizar presos nas Unidades Penitenciárias.

No sistema, o risco social é avaliado em baixo, médio, alto e inaceitável, que é quando o reeducando não possui nenhum vínculo familiar, ou está num alto processo de drogadição, ou problemas de saúde psicológica, ou quando sofreu maus-tratos na infância, por exemplo.

De acordo com o secretário da Justiça, Carlos Edilson, “é com esse sistema que vamos definir políticas de ressocialização, onde recolocar presos, separar detentos de alto, médio e baixo risco. E diante disso colocar em prática políticas mais eficazes de ressocialização fazendo com que a gente diminua esse índice de reincidência penal”, explicou.

A ATI também é parceira no desenvolvimento da plataforma do Sistema de Gestão de Riscos de avaliação dos detentos das unidades penais do estado. Foram biometrizados e avaliados, reclusos na Casa de Detenção Provisória Cap. Carlos José Gomes de Assis, em Altos; na Penitenciária Feminina de Teresina, e na Penitenciária Regional Irmão Guido.

“Nós temos uma parceria de longo tempo com a delegada Eugênia e ela sempre nos procura para desenvolver suas ideias. E o bom disso é que ela já traz tudo pronto e transformamos para a linguagem de computador. E esse sistema vai dar uma pontuação dos riscos organizacionais por meio de questionários que existem dentro do sistema e isso vai ser respondido pelos próprios funcionários e, no final, o sistema vai gerar uma pontuação”, disse Evaldo Gomes, analista de sistemas da ATI.

O secretário da Segurança Pública, coronel Rubens Pereira, também participou do lançamento do sistema. “Todos esses gerenciamentos de riscos, por meio do sistema, podem ser usados em outas secretarias. Nós queremos uma estabilidade de planejamento para que, nós gestores, tenhamos uma noção de quais são aquelas ameaças e vulnerabilidades que precisam de uma atenção para dirigir uma política corretamente”, afirmou.

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Fonte: Redação Ccom