Com um crescente número de pessoas que faltam à aplicação da segunda dose da vacina contra a covid-19, o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, chama a atenção para os riscos que a vacinação incompleta representa para a política de contenção do coronavírus no estado. Apenas no Piauí, segundo dados da FioCruz, 194.594 pessoas não voltaram para tomar a segunda dose. No Brasil, já são 14.097.777 faltosos.

“Estou muito preocupado com essa situação. Pois quase duzentas mil pessoas que tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid, não voltaram para receber a segunda dose. Quem não completou o esquema vacinal não está imunizado e é necessário tomar as duas doses para poder ter uma taxa de proteção considerada aceitável”, destaca.

O secretário pediu, mais uma vez, que essas pessoas busquem, imediatamente, a vacinação, pois além de não estar protegida, elas põem em risco também quem convive com elas e podem estimular o aparecimento de novas variantes.

“Queremos conclamar as pessoas que compareçam ao posto de vacinação para receber a segunda dose da vacina. Se imunizar é uma prova de respeito ao próximo e a própria vida”, destaca o gestor. “Tomem a segunda dose e quem tiver direito, tome a terceira, pois só a imunização completa vai nos livrar desse vírus que já matou 7.118 piauienses”, enfatiza.

O atraso na aplicação da segunda dose leva em conta as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante, mas que não receberam a segunda dose após 14 dias do prazo previsto no cartão de vacinação. A partir desse período, ela passa a ser considerada faltosa.

O infectologista José Noronha, diretor do Hospital Natan Portela e membro do COE, explica quais as consequências de não se completar o ciclo de imunização. “A falta dessa segunda dose, possibilitada o surgimento de novas variantes e uma dessas podem escapar das vacinas, por isso é de fundamental importância que se completem o ciclo vacinal. Além disso, a vacinação existe em um contexto de saúde pública e só funciona quando vacinamos toda à população e isso já demonstrado cientificamente, por diversos experimentos feitos, que, quando tivermos 70% da população brasileira completamente imunizada, a tendência é que os casos e óbitos sejam controlados”, reforça o médico.