A PPP de Energias Limpas do Piauí está se destacando por todo o Brasil por oferecer solução para suprir a demanda de energia elétrica da administração pública, reduzir despesas e garantir capital para novas estratégias de desenvolvimento. O projeto vai construir oito mini usinas de energia solar fotovoltaica com geração de 5 MW cada, por meio de Parceria Público Privada (PPP), para abastecer os prédios das secretarias de Estado. “É muita energia a ser gerada com esse projeto. Para se ter uma ideia, só na miniusina de Valença do Piauí será produzido um montante de energia que seria mais do que suficiente para abastecer a cidade”, comenta Filipe Koefender, Diretor Técnico da SPE Energia Sustentável do Piauí.

As cidades confirmadas para receber as miniusinas são Altos, Amarante, Barras, Campo Maior, Coivaras, Palmeirais e Valença do Piauí. O projeto se encontra em fase de seleção dos terrenos, e os que já foram selecionados estão em processo de testagem da resistividade do solo e acompanhamento da questão ambiental. “Até o fim de agosto de 2022 vamos começar a gerar energia para o sistema. É uma geração de energia que usa uma fonte amplamente disponível em todo o Piauí, que é a do sol. As placas fotovoltaicas recebem essa energia que é convertida em eletricidade para injetar no sistema. Estamos aproveitando algo abundante de forma sustentável”, explica o diretor da SPE Rio Poti, Elizeu Campos.

A economia total para o Estado do Piauí será cerca de 23%, sendo que essa economia libera recursos do governo para utilizar em outros projetos, e com estabilidade nos valores, pois estão acordados em contratos de até 30 anos. Além disso, o projeto tem um potencial de gerar créditos de carbono no valor de quase R$ 1 bilhão no período dos contratos. Em Altos e Campo Maior, somando a capacidade das duas, o executivo estadual deixará de emitir 12 mil toneladas de gases tóxicos ao ano.

O projeto também abrange uma grande oportunidade de emprego e de qualificação. Estão previstos cerca de 600 empregos durante a construção das miniusinas e a PPP também está implantando, em conjunto com a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), o Núcleo de Formação e Pesquisa em Energias Renováveis do Piauí, um espaço de pesquisa, formação técnica e de transformação educacional. O núcleo será estruturado com laboratórios práticos na área de energia e em telecomunicações para capacitação de mão de obra especializada.

Para Murilo Coutinho, da SPE GM Energia, é uma satisfação muito grande estar participando desse projeto de PPP de Energias Limpas do Piauí. “Além de agregar uma economia substancial para o Governo do Estado, também abrange a questão de assistência à população com a capacitação, treinamento e formação de pessoal profissionalizado. Isso impacta o desenvolvimento regional, que também é um fator que nos preocupamos em atender. O estado do Piauí tem um grande potencial de energias renováveis, seja eólica no Delta do Parnaíba, ou solar que em todo o estado existe em abundância”, aponta.

De acordo com o advogado Rafael Coelho, integrante do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, o modelo de negócio como o do Governo do Piauí coloca os estados como participantes do mercado descentralizado de energia e fortalece a atividade. “Pode mudar a forma como a oportunidade da geração própria é percebida pela sociedade. Os estados da região Nordeste não têm, até hoje, se beneficiado de maneira a receber receita tributária das grandes usinas de produção de energias renováveis. Com esse tipo de iniciativa, eles podem reduzir despesa e ter o insumo para projetos. O caminho é esse”, afirma.

Fonte: Ascom Suparc