A vice-governadora Regina Sousa se reuniu, nesta terça-feira (28), com a equipe da Segurança do Governo do Estado, que apresentou o diagnóstico do Centro de Operações Policiais Militares (Copom) com as demandas e sugestões para melhorar o serviço, que recebe cerca de 100 mil ligações por ano.
O objetivo é integrar as ações da Polícia Militar do Piauí (PM-PI) com outros órgãos de políticas sociais para atender demandas que não são da Secretaria da Segurança, a exemplo do que acontece em Recife, Medelín e Bogotá, na Colômbia, cidades visitadas pela equipe da Superintendência de Gestão de Risco da Secretaria da Segurança, este ano.
“A intenção é integrar, porque o Governo trabalhando de forma integrada consegue produzir muito mais, esse é o objetivo, depois distribuir o serviço conforme o que foi diagnosticado. Discutimos aqui que o 190 recebe muitas ligações e acaba chegando demandas que não são da PM, então é preciso que tenhamos pessoas treinadas para encaminhar e pessoas treinadas nos órgãos para receber a demanda. Nesse sentido, iremos nos reunir com mais órgãos para trabalharmos em rede, aliando, Segurança, Social, Saúde e todos os órgãos que puderem colaborar”, disse a vice-governadora.
O secretário da Segurança Pública, Rubens Pereira, ressaltou que grande parte das ocorrências recebidas pelo Copom necessitam da presença dos órgãos de políticas sociais. Assim, foi apresentada a ideia de inserir órgãos que prestam essa assistência nas ocorrências para que a Polícia Militar possa estar disponível para a atuação nas ruas.
“Cerca de 80% dos registros de ocorrência que chegam à Polícia Militar, por meio do 190, precisam ter um tratamento diferenciado para que não seja acionado apenas o sistema de justiça criminal, são ocorrências que precisam ser acionadas as políticas sociais, a nível de Estado e Município, e é isso que queremos fazer para trazer mais fôlego à atuação policial nas ruas. Essa experiência estamos trazendo a partir de uma análise que foi feita pela Superintendência de Gerenciamento de Risco, depois da visita que fizeram à Colômbia e ao Pernambuco. Então, apresentamos a ideia à vice-governadora de que há necessidade de se implementar políticas sociais necessárias para inibir o avanço da violência”, revelou o secretário.
O coronel Lindomar Castilho, comandante da PM, reiterou a necessidade da integração dos outros órgãos no atendimento às demandas que chegam ao 190. “São demandas sociais que, provavelmente outras áreas do Governo poderiam nos ajudar. Se isso acontecer, teremos mais fôlego para direcionar nosso policiamento para o que as pessoas mais precisam, que é o patrulhamento, agilidade nas ocorrências que envolvem crimes e contravenções. Então, a proposta é nesse sentido e a cada ano as demandas que chegam ao 190 só aumentam”, disse.
A superintendente de Gestão de Risco da Secretaria da Segurança, delegada Eugênia Vila, explicou como a integração irá funcionar na prática. “O 190 é o número mais conhecido que as pessoas pedem socorro, então, a nossa ideia é de que o Copom faça o primeiro atendimento, haverá uma filtragem para que se dê encaminhamento a essa demanda, que pode ser Social, da Saúde ou criminal, tendo como prioridade é o atendimento que tenha risco social. A ação é inovadora porque iremos aproveitar uma política já existente, que é o Copom”, esclareceu.