De acordo com estudos da Organização das Nações Unidas (ONU), 10% das doenças registradas ao redor do mundo poderiam ser evitadas a partir de investimento em saneamento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ausência de saneamento é o 11º fator de risco de mortes no mundo. Os dados chamam a atenção para a relação direta entre saneamento básico, saúde pública e a qualidade de vida das pessoas, principalmente no contexto atual em que os municípios brasileiros se preparam para cumprir as regras do novo marco regulatório do setor (Lei 14.026/2020).
No Piauí, Teresina se destaca como a cidade que mais avança em saneamento básico. Investimentos significativos em infraestrutura ocorreram desde a chegada da empresa Águas de Teresina, em julho de 2017, transformando em realidade uma demanda antiga da população: a universalização do acesso à água em toda a zona urbana no ano de 2020. Para alcançar esse marco e resolver problemas históricos de desabastecimento na cidade, a concessionária realizou obras importantes que ampliaram a capacidade de produção e distribuição, tornando o sistema mais moderno e garantindo eficiência operacional.
Para o agente de saúde Francisco Fernandes, que atua profissionalmente e também mora no Residencial Recanto dos Pássaros, a regularização do abastecimento de água na região foi uma transformação no que se refere à saúde da comunidade, diminuindo significativamente os casos de doenças, como infecção intestinal, principalmente entre as crianças.
“Como profissional de saúde que faz o acompanhamento das pessoas dessa área, posso dizer que antes as nossas crianças adoeciam bastante, tínhamos muitos casos de diarreia e outras infecções, resultantes do consumo de uma água que não era tratada e, consequentemente, trazia muitas doenças. Hoje, posso afirmar que esse cenário mudou depois que a Águas de Teresina implantou seu projeto de abastecimento com novas tecnologias que trazem uma água de qualidade e pronta para beber”, arrematou o agente de saúde.
NOVOS DESAFIOS
Agora, após a universalização do acesso à água, o desafio da cidade é o esgotamento sanitário. Para isso, a Águas de Teresina segue com os investimentos na zona Norte em uma ação que vai conectar mais de 3.250 residências, beneficiando cerca de 13 mil pessoas. Até o momento, já foram construídas duas Estações Elevatórias de Esgoto, implantados 5.520m de rede coletora de esgoto e 4.351m de linha de recalque. Ao final, a capacidade total de coleta será de 82 litros de esgoto por segundo. Tudo isso representa mais saúde pública. Até o ano de 2025, Teresina terá 67% de cobertura de esgoto, atingindo a universalização em 2033.
“O saneamento contribui diretamente para reduzir os gastos com saúde pública e doméstica. Dados do Instituto Trata Brasil apontam que a cada R$ 1,00 investido em saneamento, são economizados R$ 4,00 com saúde pública. Além disso, quando as pessoas adoecem menos, elas reduzem gastos com remédios. Seguimos com obras de esgoto pela cidade, garantindo o aumento de cobertura de 19% para quase 40% no final do ano passado. E os investimentos realizados este ano farão a cidade avançar ainda mais”, destaca Fernando Lima, diretor-executivo da Águas de Teresina.
Saúde Pública em Teresina
Dados da Fundação Municipal de Saúde (FMS) apontam que, entre 2017 e 2021, as internações decorrentes de diarreia em Teresina caíram de 419 para 131 – uma redução de 68,73%. Já os casos de dengue reduziram 66% e as hospitalizações diminuíram cerca de 20%. Essa redução, evidenciada entre os anos de 2017 e 2021, coincide com o período de instalação e atuação da Águas de Teresina na capital, reforçando os dados da ONU e da OMS relativos à saúde, saneamento e qualidade de vida.
“Agora, com o avanço dos investimentos em esgotamento sanitário, as portas da cidade vão se abrir para um novo patamar de desenvolvimento. Além de melhorar diretamente a saúde e a qualidade de vida da população, o saneamento também contribui para a preservação ambiental dos nossos rios, a valorização imobiliária, o crescimento do turismo e também a atração de novos investimentos”, finaliza Fernando Lima.