O Projeto Leitura Livre, desenvolvido no sistema prisional piauiense desde 2017, já conta com 562 participantes nos quatro primeiros meses de 2022. O intuito do projeto é incentivar a leitura, educação e cultura por intermédio de obras literárias nacionais e internacionais. Na última semana, internos das unidades penais de São Raimundo Nonato e de Floriano concluíram o quinto e o décimo primeiro ciclos do projeto, respectivamente.

Títulos como “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo, “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, “Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, são alguns dos livros que os reeducandos do sistema prisional piauiense têm acesso.

Segundo a coordenadora do Projeto Leitura Livre no sistema prisional do Piauí, Emanuele Leal, o projeto está presente contemplando todas as unidades penais e tem crescido bastante.

“O projeto começou um pouco devagar, mas desde 2021 e, principalmente, agora, em 2022, já teve grande avanço. Ele está implantado em todas as 17 unidades penais do Piauí. Tivemos uma conscientização dos funcionários e diretores sobre a importância desse projeto e ele está a todo vapor, tanto que de janeiro até abril já temos quase 600 internos participando. Semanalmente, recebemos resumos das obras feitas pelos internos. É um projeto lindo, no qual o interno tem a oportunidade de ter acesso à leitura, mergulhar no livro e, também, ter o direito da remição de pena”, frisou Emanuele Leal.

Segundo uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2021, que reforçou uma recomendação do órgão de 2013, a cada livro lido e resenha apresentada pelo reeducando ele poderá ter até quatro dias de remição da pena. Ao ano, os internos poderão ler 12 obras e ter 48 dias de suas penas reduzidos.