A governadora Regina Sousa recebeu, na manhã desta terça-feira (19), representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Palácio de Karnak para tratar de pautas relacionadas à produção agrícola e educação. O Piauí tem hoje aproximadamente 42 assentamentos que possuem diálogo aberto com órgãos e instituições estaduais. Participaram ainda da audiência, o secretário de Governo, Antonio Neto, e a secretária de Agricultura Familiar, Patrícia Vasconcelos.
“Sempre tive um bom relacionamento com os movimentos e eles são uma extensão da minha família. Então, hoje me apresentaram algumas pautas que precisam andar, estavam paradas ainda por conta da pandemia, mas agora vamos dar continuidade. Tudo sempre em prol do campo, da produção agrícola de forma a preservar o meio ambiente. Além disso, tem a educação que também precisamos ter um olhar especial”, disse.
A secretaria de Agricultura Familiar, Patrícia Vasconcelos, destacou que alguns trabalhos já são realizados, como processos produtivos como o Viva Semiárido e Geração de Emprego e Renda no Campo que atende as famílias diretamente nos assentamentos. “Nós também por meio do programa de Alimentação Saudável já temos vários investimentos executados e em execução dessa pauta do MST, inclusive a entrega de tratores de pequeno porte e de kits de irrigação. Temos ainda uma proposta de kits de energia solar e de perfuração de poços que estamos trabalhando para atender, além de infraestrutura e agroindústria”, informou.
Para o diretor estadual do MST, Josiel da Silva, é uma oportunidade para dialogar e colocar em pauta as necessidades existentes hoje dentro do movimento. “Colocamos em debate muitos pontos importantes para nossos assentamentos e as famílias que nelas vivem. A reforma agrária é um conjunto de políticas públicas, o crédito para a produção, a educação, os cursos profissionalizantes, o incentivo à agricultura e saúde. Tudo isso fortalece o movimento”, destacou.
Educação no campo
Na audiência foi discutida ainda a educação no campo e na pauta, os representantes do MST solicitaram a contratação de professores, serviços gerais e gestores para atender as demandas das escolas do campo com um edital de seleção especifica e equiparação salarial.
Na reunião foi solicitada ainda a garantir da formação de professores e professoras, bem como educadores e educadoras do Campo a fim de que se possa designar verba do orçamento anual do Tesouro Estadual para UESPI desenvolver a formação desses profissionais para atuar no campo conforme a dinâmica do PRONERA;
Outra pauta apresentada foi a agilidade nos processos de construção, reforma e ampliação das escolas do campo em áreas de assentamento da reforma agrária, contemplando a construção de 5 poços tubulares, construção de duas quadras poliesportivas, laboratórios e bibliotecas populares com acervo bibliográfico.