O atendimento à saúde do servidor estadual gerenciado pelo Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí (Iaspi) chamou a atenção dos gestores de saúde do estado do Maranhão. Esses buscaram informações sobre o sistema adotado no Piauí, que vem sendo referência para outros estados que têm planos de saúde para seus servidores. O objetivo é trocar experiências e avaliar as ações que estão dando certo e que possam ser implantadas no estado vizinho.

Para conhecer a gestão do Iaspi Saúde e Plamta, o gestor do Núcleo de Assistência dos Servidores Públicos do Estado do Maranhão (Nassp), Amílcar Pereira Cardoso, visitou a sede do instituto, quando foi recebido pela diretora-geral, Daniele Aita, por Aparecida Mesquita e a enfermeira Keyla Costa, respectivamente diretoras do Iaspi Saúde e do Plamta.

Durante o encontro, a diretora do Iaspi explicou o processo de desvinculação da Previdência da Saúde, destacando que essa separação fortaleceu o instituto que passou então a focar apenas no atendimento à saúde do servidor. “O custo do Iaspi Saúde/Plamta é entre 20% a 30% do valor do mercado, e manter o equilíbrio financeiro, sabendo que os custos são crescentes, é um dos nossos maiores desafios, mas a meta é trabalhar com responsabilidade para manter o atendimento com o menor custo possível, mas de forma sustentável”, explicou Daniele Aita.

A gestora destacou ainda que são cerca de 300 mil usuários que pagando muito pouco, se comparado a outros planos de saúde, têm a vantagem de ter a mesma rede credenciada, o mesmo padrão de hotelaria e a mesma rede médica de atendimento da maioria dos planos privativos, uma realidade diferenciada em termos de valores, mas equiparada em termos de atendimento à saúde. Em números, a arrecadação média do Plamta é de R$ 70 e no Iaspi Saúde R$ 35.

“O  Iaspi Saúde desconta 2,8% do vencimento líquido do servidor, mas oferece serviços que beneficiam toda a família do funcionário. Já o Plamta tem tabela fixa divulgada anualmente, que começa com o valor de R$ 37. Por meio do Iaspi Saúde, o servidor tem atendimento ambulatorial e de urgência, além de serviços odontológicos, que é outro diferencial, enquanto o Plamta dá cobertura à internação, cirurgias e procedimentos de alto custo”, explicaram as diretoras das carteiras.

Daniele falou também sobre os desafios de garantir o fortalecimento e o equilíbrio financeiro do instituto, por meio da expansão da rede credenciada, buscando novas formas de financiamento, objetivando otimizar as despesas de forma a assegurar a assistência à saúde dos servidores e seus dependentes, com responsabilidade. A informatização do sistema, a parceria com a rede credenciada de forma acessível e transparente, a fiscalização e auditorias regulares no sistema também foram colocadas pela gestora como essenciais para o sucesso dos planos.

Além da conversa com as diretoras, Amílcar Pereira visitou as instalações do prédio, e se disse muito impressionado com o trabalho desenvolvido no Estado do Piauí, um modelo autossustentável, que ele classificou como muito bom. O gestor do Nassp falou sobre o trabalho desenvolvido no Maranhão, destacando que o objetivo é aprimorar o atendimento à saúde do servidor, e que levará algumas ideias do Iaspi para o vizinho estado.

“Estamos visitando outros estados que têm plano de assistência ao servidor para conhecer a sua realidade, trocar ideias e avaliar o que podemos adotar como exemplo. Oferecer o que o Iaspi oferece, ao preço que oferece, e ser autossustentável é um desafio que o Maranhão ainda enfrenta. Saímos com muitas ideias de como isso pode dar certo e, certamente, vamos seguir algumas dessas ideias para oferecer o melhor ao nosso servidor”, adiantou Amílcar Pereira.