A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) liberou, na manhã desta quarta-feira (18), mais um boletim epidemiológico de dengue no Piauí, em 2022. Segundo dados do boletim, em sua 19ª semana epidemiológica, o Piauí registrou um aumento de 745,6% nos casos de dengue e um crescimento de 5.112,9% nos casos de chikungunya. Segundo os dados, o Estado não registra óbitos por chikungunya desde 2018.
Ainda segundo dados do informe epidemiológico, em 2022, 187 municípios registraram 9.242 casos prováveis de dengue, ao passo que no mesmo período de 2021 foram 1.093 notificações realizadas por 75 municípios. O boletim apresenta ainda que no sistema estão confirmados três óbitos no Estado, todos do município de Teresina.
O secretário de Estado da Saúde, Neris Júnior, fala que o aumento dos casos vem sendo acompanhado e que as equipes técnicas da Sesapi estão dando todo o apoio aos municípios. “Esse perfil de aumento de casos em relação ao mesmo período do ano passado vem se repetindo a cada semana. E nossa equipe vem trabalhando junto aos municípios, dando apoio técnico, reforçando as medidas necessárias e enviando o serviço de fumacê para o enfrentamento à dengue e a chikungunya em nosso Estado”, destacou o secretário.
Novo Santo Antônio; Antônio Almeida; Patos do Piauí; Simplício Mendes e Tanque do Piauí são os cinco municípios com maior incidência de dengue nesta 19ª semana epidemiológica. Em relação aos casos de chikungunya, o boletim apresenta que Simplício Mendes; Alagoinha do Piauí; São Julião; Monsenhor Hipólito; Alegrete do Piauí; Jaicós; Campo Grande do Piauí e Patos do Piauí como os municípios que apresentaram maior incidência nos casos da doença.
Ocimar Alencar, supervisor de entomologia da Sesapi, destaca que, além das medidas dos gestores municipais e estaduais, a participação da população é essencial para a diminuição dos casos.
“A cada semana estamos repetindo esse ponto, mas a verdade é que ele é essencial para que o enfrentamento à dengue seja mais efetivo. Estamos em um período de sazonalidade do vírus, no qual um aumento dos casos já era esperado, no entanto o nível registrado nos traz preocupações tanto para a dengue como a chikungunya”, diz Ocimar.
O supervisor ainda destacou que “a literatura e nossos levantamentos mostram que 80% dos criadouros do mosquito estão presentes em ambiente domiciliar. Por isso é essencial que a população ajude o poder público limpando suas casas e evitando que surjam novos ambientes propícios para o desenvolvimento do mosquito”.
Ainda buscando mais formas de ampliar o apoio aos municípios piauienses no enfrentamento à dengue e à Chikungunya e na redução de casos pelo Piauí, as equipes do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) vem realizando reuniões e capacitações voltadas para ajustar a questão do registro de dados e melhores medidas de enfrentamento em cada região.
“Nossa equipe está visitando os municípios e falando com os representantes deles e dos municípios próximos. Esta semana a previsão é trabalhar junto a Piripiri, Campo Maior e Parnaíba, mantendo esse contato direto. E, dessa forma, traçando as melhores estratégias para o perfil epidemiológico de cada região, pontuou Amélia Costa, coordenadora do Cievs e do setor de epidemiologia da Sesapi.
A Sesapi também enviou aos municípios nota técnica sobre os pontos que cada município deve adotar para solicitar o carro fumacê. “Nós avaliamos o perfil epidemiológico daquele município para verificar a necessidade do uso ou não, do fumacê naquele local. Essa medida nos ajuda a verificar o andamento do enfrentamento em todo o Estado, além de assegurar o uso correto do produto químico utilizado na eliminação dos mosquitos”, explicou Ocimar Alencar.
Até o momento o Estado enviou carro fumacê para dar apoio a 40 municípios piauienses.