Há um ano, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) entregou 17 torres laparoscópicas, para 15 hospitais da rede estadual de Saúde, que possibilitam a realização de cirurgias minimamente invasivas e a descentralização dos serviços especializados. Neste período, 3.781 pessoas foram beneficiadas com o procedimento, em todas as macrorregiões de saúde do Piauí.
A aquisição dos equipamentos foi uma das séries de medidas, adotadas pela Sesapi, com a finalidade de reduzir a fila de espera das cirurgias eletivas. “Durante a pandemia tivemos que suspender muitas cirurgias, devido ao risco de infecção e ano passado conseguimos a aquisição de 17 torres laparoscópicas, que neste período atendeu 3.781 piauienses, que estavam precisando de um procedimento cirúrgico. Isso foi um grande avanço para a saúde do Piauí”, ressalta o secretário de Estado da Saúde, Neris Júnior.
O Projeto do Marco Regulatório da Laparoscopia foi implantado, no dia 20 de julho de 2021, quando 15 hospitais da Rede Estadual de Saúde realizaram cirurgias eletivas laparoscópicas, simultaneamente. “O equipamento, adquirido pela Sesapi, assegura uma técnica minimamente invasiva, proporcionando maior segurança e reduzindo o tempo de internação do paciente, com alta resolução do quadro e recuperação muito mais rápida. Nas cirurgias convencionais realizadas atualmente, o tempo médio de internação do paciente é de quatro a seis dias. Com a utilização da torre, esse tempo reduz para uma média de 24 horas. O que nos possibilita atender mais pacientes e a desafogar nossa demanda reprimida, por causa da pandemia”, explica o superintender da Rede de Alta e Média Complexidade da Sesapi, Alderico Tavares.
Todas as macrorregiões do Piauí, foram beneficiadas com as torres de videolaparoscopia, e puderam acelerar sua fila de cirurgias. Na macrorregião de saúde Litoral receberam os equipamentos, o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba; Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri; Hospital Estadual Gerson Castelo Branco, em Luzilândia; Hospital Estadual Leônidas Melo, em Barras e Hospital Julio Hartman, em Esperantina.
Na macrorregião Meio Norte, as torres foram instaladas no Hospital Regional de Campo Maior, em Campo Maior; Hospital Infantil Lucídio Portela; Hospital Getúlio Vargas; Hospital Dirceu Arcoverde da Polícia Militar, e Maternidade Evangelina Rosa, as quatro unidades de saúde ficam na capital Teresina.
Para a população da macrorregião Semiárida, a cirurgia, com a técnica minimamente invasiva, está disponível no Hospital Regional Deolindo Couto, em Oeiras, e no Hospital Regional Justino Luz em Picos. Já na macrorregião de Saúde dos Cerrados, os hospitais que contam com as torres são: Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano; Hospital Regional Senador Cândido Ferraz, em São Raimundo Nonato, e Hospital Regional Manoel de Sousa Santos, na cidade de Bom Jesus.
A torre videolaparoscopia é capaz de acessar quase todos os órgãos com um aparelho contendo uma minicâmera que transmite imagens em alta resolução para monitores de vídeo, que podem ser gravados e utilizados em estudos e diagnósticos, assim possibilitando sua utilização em cirurgias de diversas especialidades.
“A laparoscopia é uma técnica cirúrgica mais moderna, menos invasiva, e que utiliza pequenas incisões para realizar uma grande variedade de procedimentos cirúrgicos, como cirurgia geral, de vesícula, biópsias intra-abdominais, cirurgias de esôfago, estômago, além de serem utilizadas nas áreas de ginecologia, urologia, ortopedia, otorrino e neurocirurgia, com ela é possível tratar a área afetada de uma forma cômoda, tanto para o cirurgião como para o paciente, sem necessidade de grandes incisões. O acesso às cirurgias de videolaparoscopia e à rede estadual de Saúde é por meio da fila de regulação do Sistema Único de Saúde”, destaca Alderico Tavares.