A secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), em parceria como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgaram nesta quarta-feira (16), o resultado do PIB 2020 no Piauí. O valor representa um aumento nominal de 6,8% em relação a 2019.
Em 2020, o Estado do Piauí apresentou o PIB de R$ 56,4 bilhões e variação em volume de -3,5%, em relação ao observado em 2019. A variação verificada no Estado ficou acima da média nacional em 2020, que foi de -3,3%. A economia do Piauí, contudo, manteve sua participação de 0,7% no PIB nacional e 5,2% do Nordeste.
Na série histórica do PIB, no período de 2002 a 2020, o Piauí apresenta o quarto maior crescimento real acumulado do PIB no país, da ordem de 82,3%, o que equivale a uma média anual de aumento de 3,4%.
Com relação ao PIB per capita estadual, o Piauí atingiu R$ 17.185,00, ante R$ 16.125,00, em 2019, havendo, portanto, uma expansão de R$ 1.060,00 e uma variação nominal de 6,6%, superior à do Nordeste que foi de 2,5%. O Brasil apresentou crescimento de 2,2%.
Já o PIB sob a análise da produção destaca-se que a estrutura setorial da economia do Piauí permanece com a predominância do setor Serviços, contudo, nos últimos anos observa-se uma mudança de participação em favor da Agropecuária e da Indústria, devido principalmente ao aumento da produção e rendimento médio do cultivo da soja e cereais.
Analisando o PIB sob a ótica da Renda, mesmo com redução na participação devido ao cenário pandêmico, no ano de 2020, a remuneração do trabalho representou 46,8% do PIB, seguido pela remuneração do capital (Excedente Operacional Bruto – EOB e Rendimento Misto) com 42,3% do PIB.
Segundo Amanda Alves Dias, analista da equipe de Contas Regionais Cepro/Seplan, a importância do estudo do PIB ajuda a entender o crescimento econômico do estado, da região e do país como um todo.
“Se o PIB está crescendo é sinal que a economia está bem, passando mais segurança para empresas e investidores, atraindo novos negócios. Vale a pena destacar, também, que a análise do PIB oportuniza comparações com outras localidades permitindo diagnósticos que apontam caminhos para a melhoria do contexto socioeconômico. O estudo do PIB constitui uma referência para medir o crescimento econômico e subsidiar a tomada de decisões no âmbito privado e, principalmente, no âmbito público, o que é fundamental para o desenvolvimento econômico do estado”, explicou Amanda.
Na divulgação do PIB anual há um intervalo de dois anos, necessário para a contabilização e consolidação de uma base de dados mais completos e abrangentes. De acordo com Marcos Antônio Pinheiro, analista da equipe de Contas Regionais Cepro/Seplan, “esta análise realizada em dois anos, oriunda de pesquisas anuais feitas pelo IBGE, resultado das contas nacionais e ao acesso de dados administrativos de órgãos estaduais permite, também, diante das bases de dados analisadas no decorrer do processo, revisões de estimativas do PIB publicadas previamente”, ressaltou Marcos.
Quanto a metodologia, os analistas explicam que o relatório do PIB é fruto da parceria entre o IBGE, os órgãos estaduais de estatística e as secretarias estaduais. No Piauí, a cooperação com o IBGE é realizada pela Seplan, através da superintendência Cepro e o relatório divulgado permite comparações de dados integrados de forma uniforme, coerente, numa mesma base de dados, entre todas as unidades da federação. A metodologia é padronizada para todos os estados e compatíveis com os sistemas de contas nacionais, construído de acordo com as recomendações nas Nações Unidas.