As ações de promoção da saúde integral da população LGBTQIAPN+ no Piauí foram discutidas, nessa terça-feira (24), em reunião realizada na sede da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Entre diversos pontos apresentados ao secretário de Estado da Saúde, Antonio Luiz Soares, destaca-se o pedido de implantação da telemedicina no Ambulatório Trans, uma alternativa para reduzir os deslocamentos de pacientes do interior até a capital, para falar com um médico especialista.
“Nós já temos o Ambulatório Trans no HGV. Nossa luta agora é para dispormos da telemedicina para que a pessoa LGBTQIAPN+ que mora lá em Corrente, por exemplo, não precise ser atendida em Teresina, mas consiga resolver seus problemas onde estiver”, explicou Joseane Borges, diretora de políticas LGBTQIAPN+ da Secretaria de Estado da Assistencia Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), que ficou encarregada de apresentar a pauta de reivindicações ao gestor da Saúde.
O Ambulatório Trans funciona no Ambulatório Azul do Hospital Getúlio Vargas (HGV) e dispõe de atendimento com endocrinologista, psicólogo, psiquiatra e urologista. As consultas ocorrem via regulação da unidade de saúde onde o paciente busca atendimento inicialmente.
Na mesma audiência, foi pontuado o lançamento da Cartilha de Saúde da População LGBTQIAPN+, além da ampliação de ações de prevenção de ISTs/Aids.
Até o final desta semana, a Superintendência de Direitos Humanos da Sasc terá reuniões com gestores da Educação e da Segurança Pública, pastas também importantes na garantia de direitos do público LGBTQIAPN+. A programação faz parte da Semana Estadual de Visibilidade de Travestis e Transexuais, iniciada na segunda-feira (23) e que contará ainda com um webinário.
Dentro da política de inclusão implementada pelo governador Rafael Fonteles, o publico LGBTQIAPN+ foi contemplado com uma superintendência dentro da Sasc, e uma Coordenação de Proteção à Pessoa LGBTQIAPN+, na Secretaria de Estado da Segurança. As estruturas surgem com o propósito de planejar, executar e fiscalizar ações voltadas a essa população.
“Esta postura do governo representa uma grande conquista não só pra nós, mas para o movimento que vem galgano espaço não apenas na gestão, mas de inclusão social da pessoa LGBTQIAPN+ em todas as áreas da sociedade. Visibilidade positva. Não queremos aceitação, queremos respeito!”, declara Joseane Borges.