“Tudo o que tenho hoje, eu devo ao rio. É dele que tiro o sustento da minha família. E ele limpo é importante não só para mim, mas uma riqueza para toda a cidade, pois gera mais trabalho e também promove o turismo”, relata José Francisco, que pesca há 20 anos no Rio Poti. De acordo com ele, a situação do rio melhorou bastante, melhorando também a renda da família.

Em Teresina, os rios Poti e Parnaíba fazem parte da história da cidade e do desenvolvimento de boa parcela da população. A possibilidade de geração de renda por meio desses mananciais facilitou a ocupação de inúmeras famílias, visto a potencialidade de seus recursos naturais que propiciam aptidão para o desenvolvimento de inúmeras atividades: pesqueiras e pastoris, de navegabilidade, de abastecimento urbano, de lazer, dentre outras.

No entanto, o descarte incorreto do lixo e o lançamento de efluentes industriais sem o devido tratamento ainda são fatores que provocam a poluição desses corpos-d’água, prejudicando não só os ribeirinhos, mas todo o meio ambiente. A situação pode ser evitada por meio do avanço do saneamento básico, que inclui entre os seus serviços a coleta e o tratamento de esgoto. Em Teresina, este serviço mais que dobrou nos últimos cinco anos, saindo de 19% para 42,6%.

Os atuais índices de esgotamento sanitário mostram como a cidade já ganhou com a melhoria dos rios. Anualmente, cerca de 13 bilhões de litros de esgoto tratados são devolvidos aos mananciais do Poti e Parnaíba. Por dia, em média, são 38 milhões de litros que correspondem a 14 piscinas olímpicas. Um avanço de saneamento que tem impactado diretamente na melhoria de vida, não apenas dos ribeirinhos, mas de toda população teresinense.

“Hoje, Teresina conta com 21 Estações de Tratamento de Esgoto e 59 Estações Elevatórias de Esgoto. Uma infraestrutura que contribui para reduzir os índices de poluição presentes no esgoto e devolvê-lo tratado ao rio. Nosso principal papel, além de realizar obras para ampliar o esgotamento sanitário, é conscientizar a população sobre a importância da destinação correta do esgoto, pois precisamos garantir a sustentabilidade dos nossos rios para que as gerações futuras tenham o que aproveitar”, destaca a supervisora do Tratamento de Esgoto da Águas de Teresina, Maria Gabrielle Fernandes.