A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), por meio da Academia de Formação Penitenciária (Acadepen), com recursos do Fundo Penitenciário Nacional e autorizados pelo Departamento Penitenciário Nacional, ofertará, no mês de fevereiro, cursos de especialização a fim de capacitar os policiais penais que atuam no Piauí. Ao todo, serão cinco cursos e a previsão é de até 460 inscritos.

“O edital será lançado na segunda quinzena de janeiro. Teremos cursos de Operação de Armas e Tiro, Combate Velado, Tonfa e Comunicação Intra e Extra Institucional”, diz o diretor da Academia de Formação Penitenciária (Acadepen), Jacinto Teles. Sobre o curso Extra Institucional, Teles destaca a importância de capacitar os servidores penitenciários que lidam com demandas administrativas. “A polícia penal tem relação com o Poder Judiciário e a justiça criminal. Dessa forma, os profissionais devem ter conhecimento de comunicação para se relacionarem com os órgãos. É preciso dominar a elaboração de relatórios, ofícios e memorandos”, explica.

O diretor também ressalta as disciplinas de direitos humanos. “Os cursos levam em consideração que o sistema penitenciário tem tanto a função de garantir a segurança dos presídios quanto a humanização dos detentos. Nesse sentido, a Academia trabalha com a política de compatibilizar a questão humanística com a operacional, com disciplinas de direitos humanos, execução penal, e as operacionais, teoria e prática de tiro, intervenção penitenciária e outros”, conta.

O secretário de Justiça, Carlos Edilson, comemora a nova conquista. “Esses cursos que conquistamos, com a autorização do Depen, fortalecem o processo de modernização do sistema penitenciário. E não podemos falar em modernização sem citar o papel do policial penal. Iremos trabalhar tanto a vertente operacional como a de humanização. Precisamos destacar a importância dos direitos humanos e da manutenção da dignidade da pessoa humana”, afirma.

O edital será lançado em janeiro e os cursos têm previsão para iniciar em fevereiro. As inscrições poderão ser feitas na sede da Acadepen e nas unidades penais do interior do Estado.