Representantes da Defensoria Pública Geral do Estado estiveram, neste sábado (17), na comunidade Cacimba Velha, zona rural de Teresina, oportunidade em que participaram da culminância da Caravana Marias da Terra, projeto desenvolvido pelo coletivo Trupe de Mulheres Esperança Garcia.
O projeto percorreu nove comunidades em diversos municípios piauienses, levando arte, informações e empoderamento às mulheres. A Cacimba Velha foi a décima comunidade a receber o espetáculo “Marias da Terra: as palhaças agricultoras”. Na ocasião, a comunidade também participou da “Conversa de Terreiro”, discussão com as mulheres, de forma acessível, sobre o enfrentamento à violência.
O coletivo Trupe de Mulheres Esperança Garcia, é liderado pela socióloga e defensora popular, Lúcia Araújo, e existe desde o ano de 2019, tendo por objetivo democratizar a arte, por meio do teatro, informando sobre o enfrentamento à violência contra a mulher de forma lúdica.
“O espetáculo Marias da Terra traz um discurso politizado sobre os direitos dessa população junto aos seus territórios, convidando a um reflexão sobre a realidade dentro desse contexto, essa reflexão dá a tônica da Conversa de Terreiro que, a partir do conteúdo do espetáculo, dialoga com a realidade vivida pelas mulheres nas comunidades, convidando a pensar novos rumos para o fortalecimento, organização e empoderamento da mulher dentro do seu local de origem, assim como em toda a sociedade”, afirmou a Defensora Pública Geral, Carla Yáscar Belchior.
Lucia Araújo fala sobre o contato da Defensoria com o trabalho da Trupe e com a comunidade. “Foi muito importante a Defensoria de forma coletiva ter a sabedoria de ir ao encontro e beber na fonte, escutar as famílias, além de ver o trabalho e a expressão das Marias”, avaliou.
O coletivo Trupe de Mulheres Esperança Garcia também se manifestou em relação a participação da Defensoria. “A presença das defensoras públicas, no evento da Cacimba Velha, abre oportunidade para a reflexão de duas simbologias. Uma é o fato delas saírem dos gabinetes e percorrem os territórios em sua diversidade, experienciando um corpo a corpo na escuta das demandas. A outra é atestar a eficiência do projeto de formação de Defensoras Populares, presenciando uma, das mais diversas vertentes em que se reverberam as ações dessas defensoras”.