Inaugurado há pouco mais de três anos, no Hospital Getúlio Vargas (HGV), o Ambulatório de Saúde Integral da População Trans Makelly Castro tem levado mais inclusão e acolhimento em saúde às pacientes transexuais e travestis. Somente este ano, 242 pacientes foram atendidos no local.

O espaço funciona dentro do Ambulatório Dirceu Mendes Arcoverde, o Ambulatório Azul do HGV, e tem profissionais preparados para atender especificamente esses pacientes, além de um consultório exclusivo. A equipe de saúde que está à disposição é formada por endocrinologista, ginecologista, urologista e psicólogo.

Os pacientes, para agendar consultas, precisam ser regulados das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), encaminhados por um clínico geral.

 

O número de atendimentos, segundo a gestão do local, poderia ser bem maior, se não houvesse tanta resistência dos pacientes, que se sentem marginalizados. “Esperamos que haja mais conscientização de que a saúde é um direito de todos”, diz Elisângela Cardoso, diretora do ambulatório.

A psicóloga Zilma Maria Bento informa que, apesar da evolução da sociedade, há ainda muito preconceito e discriminação contra as pessoas trans, e por isso é necessário um espaço específico para atendê-las, de forma que se sintam mais acolhidas.

 

Ela frisa ainda que todo o corpo funcional do HGV é orientado para atender os pacientes com respeito. “Aqui trabalhamos para assegurar uma autoestima melhor e bem-estar para esses pacientes”, afirma Zilma.

O Ambulatório de Saúde Integral da População Trans homenageia a travesti Makelly Castro, que foi assassinada no dia 18 de julho de 2014, vítima de homofobia.

 

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