Teresina recebe, até sexta-feira (7), o Fórum Eugênio Peixoto de Gestores e Gestoras da Agricultura Familiar do Nordeste. Dentro da programação do evento, na manhã desta quinta-feira (6), foi realizado um painel que detalhou experiências dos estados do Piauí, da Bahia e do Rio Grande do Norte no desenvolvimento de projetos da agricultura familiar que contribuem com o combate à fome na região.
De acordo com a secretária da Agricultura Familiar do Piauí (SAF), Rejane Tavares, o estado tem tido experiências exitosas no fortalecimento da agricultura familiar, valorizando o trabalhador do campo. Ela elenca programas que incentivam a mecanização do trabalho rural e a entrega de tratores e implementos agrícolas que aumentam a produção e, automaticamente, elevam a distribuição de alimentos no combate à fome.
“Na SAF temos o Programa de Alimentação Saudável (PAS), que gera renda para os agricultores e agricultoras e para as pessoas em situação de vulnerabilidade. Nele, o agricultor e a agricultora familiar têm seus produtos adquiridos pela SAF e distribuídos para instituições socioassistenciais, que levam uma alimentação saudável para as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. O mesmo acontece com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal e é executado por nós”, explicou.
Rejane Tavares ainda destacou o Programa Viva o Semiárido, que é uma importante ação para o combate às desigualdades no estado. “O Programa Viva o Semiárido é uma ação do Governo do Piauí, em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), que busca reduzir a pobreza, aumentar a produção e melhorar o padrão de vida das populações com maior nível de carência social e econômica no meio rural do semiárido piauiense”, afirmou.
Quem também participou do painel foi o superintendente do órgão responsável pela Assistência Técnica e Extensão Rural da Bahia (Bahiater), Lanns Almeida. Para ele, a experiência na Bahia na promoção do combate à fome e no desenvolvimento no campo no estado é marcada pela agroindustrialização com investimentos na promoção de sistemas produtivos resilientes e iniciativas de proteção e recuperação ambiental, com fortalecimento institucional e investimentos em infraestrutura.
“Esse momento é extremamente importante para o Nordeste, pela troca de experiências, com os aprendizados sobre os programas e projetos e também com os acordos de empréstimos internacionais na importância da agroindústria para dinamização econômica da base produtiva e a diversidade, não só o aumento da quantidade dos valores, mas também da diversidade desses produtos certificados da agricultura familiar”, apontou Lanns Almeida.
O secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte (Sedraf), Alexandre Lima, apontou, durante sua exposição, que o Programa de Compras Governamentais da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Pecafes) insere produtos da agricultura familiar nas compras públicas de um modo geral.
“De 2019 a 2022, o Pecafes mobilizou mais de R$36 milhões em compras públicas da agricultura familiar e tem possibilitado que outras áreas do estado comprem da agricultura familiar, não ficando restrito à Educação, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Desta forma, a agricultura familiar está inserida nas escolas, nos hospitais, no sistema prisional e socioeducativo e ainda nos restaurantes populares, tanto para as modalidades de compras diretas quanto indiretas”, explicou Alexandre Lima.