Vinte e duas famílias da comunidade Mucambo do Pedro, localizada a 18 km da sede do município de Sigefredo Pacheco, foram beneficiadas pelo Programa de Geração de Emprego e Renda no Meio Rural (Progere II), executado pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), com um Plano de Investimento Produtivo (PIP) voltado para a produção de farinha de mandioca. Os agricultores foram beneficiados ainda com a concessão de incentivos financeiros e assistência técnica para a implantação de práticas agrícolas ambiental, social e economicamente sustentáveis.

O valor total do PIP é de R$ 214,5 mil, sendo R$ 165 mil de repasse do Estado e R$ 49,5 mil a contrapartida da comunidade. O Plano de Investimento tem como objetivo o apoio às famílias que tiram o sustento da cadeia produtiva da mandiocultura, com a melhoria na estrutura de beneficiamento da mandioca, aumento da produção, incluindo a instalação de uma unidade de beneficiamento, dentro das especificações de exigências técnicas e sanitárias e a aquisição de maquinários modernos.

Segundo a diretora do Progere II, Janaína Mendes, a meta é aumentar a produção e melhorar a qualidade do produto dentro das exigências do mercado, com os produtos já saindo embalados e rotulados para a comercialização. “Isto vai fazer com que a comunidade forneça um produto melhor e com preço competitivo”, declarou, acrescentando  que o projeto contempla ainda capacitação e assistência técnica tanto na parte de produção como também na gestão dos negócios, tecnologias agrícolas, estrutura na produção da mandioca e derivados e o cultivo de 16 hectares de mandioca, proporcionando o desenvolvimento das capacidades individuais e coletivas da comunidade Mucambo.

Rita Gomes Ribeiro, presidente do Sindicato do Trabalhadores Rurais, afirma que tanto a sua comunidade quanto as vizinhas vão se beneficiar porque, apesar do potencial na produção de mandioca, não havia estrutura para o beneficiamento. “Muitos produtores vendiam a mandioca por não terem como fazer (a farinhada). Com esta casa beneficiadora, vamos ter todos os benefícios da mandioca, a manipueira, a casca, a goma e a farinha. Com isso, vamos vender mais e as mulheres beneficiadas com este projeto vão ter mais autonomia. Com certeza, todo se beneficiarão na região e vamos ter muito retorno e muita alegria com esta produção”, avaliou.

A comunidade recebe assistência do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Sigefredo Pacheco, da Secretaria Municipal de Agricultura, do Emater e ainda do Centro de Educação Ambiental e Assessoria (CEAA), que atua junto às famílias no acompanhamento a implantação do Plano de Investimento.

A presidenta da Associação de Desenvolvimento Comunitário, Carliane Carvalho, conta que a entidade tem, atualmente, 50 associados e ressalta que, há muito tempo, a comunidade necessitava de uma casa de farinha nova. “São muitos benefícios que o projeto está trazendo para a comunidade. Na nossa região, há uma grande demanda de mandioca. Já tínhamos uma casa de farinha mas era pequena e estava bem debilitada. O projeto trouxe um ambiente apropriado para este tipo de trabalho. Vai ajudar no aumento da produtividade, vamos vender mais, ajudar muitas famílias, gerando mais empregos”, observou.

O projeto está em fase de conclusão. As famílias que vão receber a casa de farinha já participaram de algumas capacitações como o tratamento adequado dos resíduos da mandioca, manejo e sobre o impacto ambiental.