As menores internas no Centro Educacional Feminino (CEF) iniciaram na última quarta-feira (17) a participação no curso profissionalizante fruto de parceria firmada entre a Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE/PI) e a Casa de Zabelê, entidade que tem como objetivo prevenir e enfrentar as diversas formas de violações de direito contra crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e/ou risco pessoal e social.
A coordenadora Administrativa da Casa de Zabelê, Suely Coelho Pereira, comentou sobre a importância da parceria firmada, cujo objetivo é a reintegração de jovens no mercado de trabalho. “Nós temos três Nnúcleos de atendimento: o Núcleo de Crianças e Adolescentes de 7 a 17, anos, onde atendemos as meninas que sofreram as mais diversas violações de direitos. Trabalhamos com todas as violências e principalmente a violência sexual. Temos um núcleo de dança que são adolescentes de 12 a 17 anos e temos o núcleo de profissionalização, que são adolescentes de 15 a 17 anos e 11 meses. Nesse núcleo nós temos dois cursos, que é o curso de moda e o curso de serigrafia, onde passam um ano nesse curso de profissionalização e ao término do curso são encaminhados pro mercado de trabalho. A gente já tem uma parceria desde 2004, com grandes empresas aqui de Teresina onde essas empresas absorvem essas adolescentes e inserem no mercado de trabalho, para que possam ter esse primeiro emprego e ter um projeto de vida. Ao firmar essa parceria com a Defensoria Pública e receber as adolescentes do Centro Educacional Feminin, estamos reforçando a política de proteção básica, que perpassa por todas as políticas, atendemos meninas e meninos que estão em comprimento de medida socioeducativas que são encaminhados dos CREAS”, disse.
Para Adriana Carvalho, coordenadora geral do Centro Educacional Feminino (CEF), primeira Unidade contemplada com projeto, a parceria entre a DPE/PI e a Casa de Zabelê “é de extrema importância, pois serão novas portas abertas para que as adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas possam se profissionalizar. Estamos sempre trabalhando com o intuito de educar e ressocializar essas adolescentes, para que quando retornarem ao convívio familiar possam, além de conhecimento, terem uma renda”, destacou.
O defensor público Afonso Lima da Cruz Júnior, titular da 4ª Defensoria da Infância e Juventude e substituto na 3ª Defensoria da Infância e Juventude, diz que o objetivo agora é ampliar a parceria para demais Unidades Socioeducativas da capital. “Foi iniciada na última quarta-feira a parceria com a Casa de Zabelê, com a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas, com intermédio da Defensoria Pública do Estado do Piauí. Eu fiquei extremamente feliz com os relatos das adolescentes. Elas ficaram entusiasmadas com todo o trabalho desenvolvido, com o carinho, a responsabilidade da equipe da Casa de Zabelê. Esse foi apenas um pontapé inicial e nós estamos com o objetivo de estender essa parceria a outras Unidades Socioeducativas. Acreditamos sempre no ser humano, acreditamos na ressocialização. É a Defensoria Pública sempre funcionando como agente de transformação, buscando essas atividades para fomentar e tentar colocar os adolescentes no mercado de trabalho. E é esse o objetivo dessas parcerias que estamos viabilizando, para proporcionar melhor dignidade da pessoa humana para essas meninas e para os demais adolescentes”, afirmou.