Estudiosos e especialistas no fenômeno da violência contra a mulher são unânimes em afirmar: a prevenção do problema precisa começar nas escolas. As crianças e adolescentes que crescem em lares violentos tendem a repetir o comportamento agressivo e o ambiente escolar é um dos lugares mais propícios para quebrar esse ciclo. Como parte das ações da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o CEEPS Monsenhor José Luís Barbosa Cortez (Premen Sul) realizou, nesta quinta-feira (31), uma atividade com o tema “Combate ao Feminicídio e Relacionamento Abusivo”.
As atividades foram realizadas pelos alunos do terceiro ano do Curso Técnico em Enfermagem e reuniu cerca de 300 alunos.
A professora de língua portuguesa Rita de Cássia afirma que o aumento dos casos de feminicídio na capital é preocupante. Neste momento, o envolvimento da comunidade escolar nesse debate pode ajudar a reduzir a quantidade de tragédias.
“A escola tem uma função social e uma responsabilidade enorme quanto à violência contra a mulher e não pode ser um local dissociado da realidade, porque formamos o cidadão para o mundo”, enfatizou Rita.
O evento começou com uma roda de conversa em que três psicólogas falaram sobre o tema relacionamento abusivo. Na oportunidade, os alunos fizeram muitos questionamentos. Em seguida, os estudantes encenaram uma situação de agressão física e relacionamento abusivo. Posteriormente, ocorreu a palestra com a major Elizete Lima, que tratou sobre o tema “Prevenir para não punir”.
Para Rita, projetos como esses são enriquecedores pois desenvolve o senso crítico dos alunos. “Foi riquíssima essa troca e ganhamos mais que conhecimento, ganhamos experiência”, finalizou a professora.