A Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), por meio do Projeto Viva o Semiárido (PVSA), em parceria com a Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), construirá 150 cisternas calçadão na Serra do Inácio e no município de Betânia do Piauí. Nessa primeira etapa de execução, serão construídas 22 cisternas, sendo 11 no município Curral Novo e 11 em Betânia.

A primeira parcela vai atender 22 famílias selecionadas pelo Centro de Estudos Ligados a Técnicas Alternativas (Celta), responsável pela construção das cisternas, pelo Grupo Gestor do PVSA no Vale Chapada do Rio Itaim e pelo pelo Grupo de Trabalho da Romaria da Terra e da Água (GTRT). Esse último tem por objetivo avaliar a situação das comunidades impactadas pelos grandes empreendimentos, como a mineração, a rodovia Transnordestina e energias eólica e solar.

Para a vice-governadora do Piauí, Regina Sousa, essa é uma ação de grande importância, pois a região é muito carente e precisa de atenção. “A primeira grande ação será a construção dessas cisternas e espero que este ano tenha um bom período de chuva, pois eles já vão estar com as cisternas prontas para captar a água e mudar de vida”, destaca Regina.

Ela ressalta ainda que existem novos projetos para a região que irão ajudar ainda mais as  famílias, entre eles está o de  habitação e energia, que segundo a vice-governadora, ainda é uma questão muito séria na região. “Temos projetos mais ousados que se espera poder concretizar, que é o de habitação e energia que muita gente não tem”, completa Sousa.

De acordo com o superintendente do Desenvolvimento Rural da SAF e coordenador do projeto Viva o Semiárido no Piauí, Francisco das Chagas Ribeiro, nesse primeiro momento serão construídas 22 cisternas e depois mais 123, que irão totalizar as 150.

O gestor destaca que esse é um dos lugares mais pobres do Piauí, muitos moram em barracas de lona e essa é uma ação que vai contribuir para melhorar a qualidade de vida das famílias. “Como as cisternas têm filtros, isso vai permitir que essa água seja consumida e também utilizada para pequenas irrigações”, ressaltou Francisco das Chagas.

As cisternas serão construías pelo Centro de Estudos Ligados a Técnicas Alternativas (Celta), com um calçadão de 200 m². A estrutura tem capacidade de armazenamento de 52 mil litros de água.

Gicélio Arraes, coordenador financeiro do Centro de Estudos Ligados a Técnicas Alternativas, instituição selecionada para execução das 150 cisternas, ressaltou que já foi iniciada a construção das 20 primeiras, para que as famílias comecem a ter acesso à água própria para o consumo, e também para cultivarem pequenas áreas produtivas, tendo em vista essas famílias se encontram em um estado de alta vulnerabilidade.

“Esperamos ter um bom resultado, e assim reduzir as doenças, a mortalidade infantil, e melhorar a saúde, a qualidade de vida e aumentar a oferta de trabalho e renda para essas famílias”, acrescentou o coordenador.

Aderaldo Aquino, coordenador do projeto no território Vale do Rio Itaim, avalia como positiva a implantação das cisternas, por melhorar muito a qualidade de vida das famílias. “Com a implantação das cisternas, as famílias terão água de qualidade para o consumo, saneamento básico e poderão ter seus quintais produtivos para plantar sua horta e melhorar a alimentação”, acrescenta Aquino.