O Comitê Científico Nordeste recomendou esta semana aos governadores e prefeitos do Nordeste, por meio do Boletim 18, o fortalecimento de estratégias tradicionais de vigilância epidemiológica para reduzir e manter em níveis baixos a força da transmissão da Covid-19. O comitê demonstrou também preocupação com uma possível terceira onda da doença, com atenção em especial a variante Delta.

“É um fato muito preocupante, pois a Delta é responsável pelo grande aumento do número de casos em países da Europa e no México, por exemplo. Alguns especialistas anunciam que ela poderá provocar uma terceira onda no País, caso haja um grande relaxamento no isolamento social e a vacinação da população continue lenta”, diz o boletim.

O documento ressalta ainda que “as vacinas, apesar da sua alta eficácia na redução de casos graves e mortes, apenas bloqueiam parcialmente a transmissão deste vírus. Isto impõe que não se descarte a utilização das medidas não-farmacológicas, e em especial o uso obrigatório de máscaras, o distanciamento social e o controle do fluxo dos deslocamentos intra e interurbanos.

Entre as ações defendidas pelos cientistas e pesquisadores do Comitê Nordeste estão a busca ativa de não vacinados e faltantes da 2ª dose, a identificação  de casos na primeira fase  e monitoramento dos pacientes com teste positivo; Isolamento dos positivados e apoio social para eles; quarentena para os negativos; Estruturar e integrar as Unidades Básicas de Saúde; Incentivar o uso generalizado de máscara; Incrementar vigilância nas escolas; Intensificar fiscalização no transporte coletivo para as medidas sanitárias.

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste é coordenado pelo cientista Miguel Nicolelis e pelo físico e ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende reunindo também diversas autoridades científicas brasileiras e de outros países, a exemplo da Itália, da Alemanha e da China, para discutir soluções na tentativa de frear a disseminação de casos da Covid-19.

Confira o boletim.