A Coordenadoria Estadual de Políticas para as Mulheres (CEPM) realizará, no domingo (29), corrida contra o Feminicídio, com concentração às 7h na ponte Estaiada e largada às 7h30. A ação é em alusão ao 27 de maio, Dia Estadual de Combate ao Feminicídio.
A Lei 13.104 de 2015 de feminicídio, decorre da “violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima”, muitas vezes, situações não denunciadas pelas vítimas porque elas se inserem em contextos nos quais sua autonomia, autoestima e segurança emocional estão fragilizadas.
A corrida contra o Feminicídio finaliza a semana de atividades da campanha “Ei, mermã, no enfrentamento ao feminicídio!”, que realizou diálogos com a sociedade sobre: O papel dos Centros de Referência na Prevenção ao Feminicídio; Ciclo de violência e Feminicídio; Judiciário e Diagnósticos de Feminicídio. O objetivo desse momento é conscientizar acerca do direito à vida da mulher em segurança.
Segundo os dados do Aplicativo Salve Maria, somente nesses primeiros cinco meses de 2022, a quantidade de denúncias sobre violências físicas para com as mulheres passou de 79%. Ao encontro desse dado, conforme o Painel Mulheres Monitoramento da Violência contra a Mulher no Piauí, também nos cinco primeiros meses tramitam cerca de 12.348 medidas protetivas.
A coordenadora Estadual de Políticas para as Mulheres, Zenaide Lustosa, pontua que “o dia 27 de maio é um marco na história do Piauí no enfrentamento à violência contra a mulher porque é uma data que procura mostrar à sociedade a importância do combate à violência, além de sensibilizar as mulheres da necessidade de denunciar seus agressores. Assim, a Coordenadoria das Mulheres está realizando a Corrida contra o feminicídio na busca de sensibilizar homens e mulheres para o fim da violência doméstica. Não podemos mais morrer. É importante que, literalmente, as mulheres corram da violência e possam ter seu direito à vida respeitado”, disse.
A atividade ainda encerra o mês de combate à LGBTfobia, considerando que a categoria mulheres, também, se estende no direito à vida para as mulheres Trans e de toda a diversidade. “Por muito tempo a estrutura patriarcal não compreendeu as mulheres como seres humanos, mas como coisas a se possuir ou destruir livremente. Desejamos, na realização de eventos como esse, combater o machismo, assim como frear todas as suas consequências na vida cotidiana. Por isso, trazemos essa Campanha de Enfrentamento ao feminicídio, de modo especial nesse mês de maio contra a LGBTFobia porque o momento também lembra que o direito de ser mulher em segurança se estende às mulheres trans, lésbicas, bissexuais, indígenas, quilombolas e de toda a diversidade. A corrida fecha nossas atividades de maio e introduz o junho das cores, no qual a pauta da diversidade feminina será novamente destacada, na proteção de suas vidas e direitos”, ressalta a coordenadora de Diversidade da CEPM, Erica Ruth “.